terça-feira, 29 de novembro de 2011

Coitado dos fumantes! A ofensiva politicamente correta contra o cigarro deve matar mais fumantes que o próprio cigarro.

A mais nova ofensiva do Governo contra o cigarro escancara, mais uma vez, seu viés autoritário. A saga da turma para "construir um novo homem" não descansa. Eles realmente acreditam que podem tudo, inclusive entrar em locais privados e dizer como você deve se comportar. Isso é lamentável, por mais benevolente que a ação possa parecer!

Se você chegou até aqui, quero deixar claro que eu não fumo. Não fumo e não gostaria que as pessoas fumassem porque estou relativamente informado do mal que o cigarro faz. Mas minha vontade não pode sobrepor a vontade do outro, não é mesmo! Nem mesmo quando se trata da relação Estado X Indivíduo. Acho sim que o estado ou a mídia pode informar, promover campanhas, etc., mas proibir não. A questão toda aqui é: Até quando abriremos mão da nossa liberdade?

Para não me alongar, digo o seguinte: 
Gordura mata, mas Mcdonalds e companhia está vendendo e fazendo propaganda a vontade;
Carro em alta velocidade mata, mas todas as montadoras estão vendendo e fazendo propaganda a vontade;
Alcóol mata, mas a AMBEV está vendendo e fazendo propaganda a vontade.

Em todos os casos acima, o que distingue o veneno do remédio é a dose, assim como o cigarro. Porque cargas d'agua apenas o cigarro não pode?


Rodrigo constantino adaptou um poema de Martin Niemöller, ícone da resistência ao nazismo:

“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era fumante.
Como não sou fumante, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era beberrão.
Como não sou beberrão, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho obeso.
Como não sou obeso, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar.”





Aproveito para sugerir dois bons artigo sobre o tema:


- Coitado do cigarro


- É proibido Fumar


Vamo que vamo, com força e honra!

2 comentários:

  1. "Em todos os casos acima, o que distingue o veneno do remédio é a dose, assim como o cigarro"??? Que festival de bobagens... Gordura é essencial para a vida e, sim, existem níveis seguros e inseguros para o seu consumo. Automóvel é essencial para a vida moderna, para o transporte de trabalhadores, doentes, cargas e, sim, existem níveis seguros e inseguros de velocidade. Álcool é antioxidante e cardioprotetor em baixas concentrações e, sim, existem níveis seguros e inseguros para o seu consumo. Isso NÃO pode ser dito sobre o cigarro. NÃO existem níveis seguros para o seu uso e, mais do que isso, o fato de ser usado afeta diretamente pessoas no seu entorno.

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  2. Meu querido amigo Alvaro. A critica do artigo não se refere a relação do cigarro com a saúde, algo quase inquestionável, mas sim a opção das pessoas em querer fumá-lo. As pessoas devem ter o direito de "se matar" e eu, você ou o estado não tem nada a ver com isso.
    Quanto ao "festival de bobagens", não acredito que a pessoa que fume seu charutinho uma vez por semana tenha grandes prejuízos de saúde. Se ainda assim sua saúde física for comprometida (não sei, teria que ver), a satisfação e o prazer do ato certamente compensaria.
    Concordo com a questão do fumo passivo. Eu particularmente odeio pessoas fumando ao meu lado. Mas porque não existir os restaurantes, pubs, etc só de fumantes? Que mal tem isso? Se todos ali concordam que fumar é aceito, e ainda assim ali permanecem, o que o ministério da saúde tem a ver com isso?
    Valeu a discussão!

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