terça-feira, 26 de novembro de 2013

ESTAMOS JUNTOS

O ex-presidente está solidário com um homem que usou o seu governo para desviar dinheiro público para o seu partido. E manifesta essa solidariedade exatamente no momento em que seu sócio criminoso é preso. (..) O Brasil aprovou os arquitetos do mensalão, e já indicou que vai renovar a concessão deles em 2014. Lula tem razão: não há o que temer. Estamos juntos, companheiros.

Por Guilherme Fiúza

Quando saiu seu mandado de prisão, José Dirceu recebeu um telefonema de Lula: "Estamos juntos", lhe disse o ex-presidente. É uma afirmação enigmática. "Estamos juntos" onde? Considerando-se que Lula não está preso também, só resta uma conclusão possível: Lula e Dirceu estão juntos na sociedade que governa o Brasil há dez anos.

O sócio José Dirceu está condenado e preso por corrupção ativa. Ele não cometeu esse crime quando estava de férias ou numa desventura particular qualquer. O sócio Dirceu cometeu o crime de corrupção ativa quando era ministro do sócio Lula. O ex-presidente está solidário com um homem que usou o seu governo para desviar dinheiro público para o seu partido. E manifesta essa solidariedade exatamente no momento em que seu sócio criminoso é preso.

Lula não sabia de nada. Agora sabe, mas não se importa. E estende a mão aos homens do seu partido que o traíram para roubar o país. Das duas, uma: ou Lula foi traído e repudia o crime dos mensaleiros, ou se solidariza com eles. Como a opção escolhida pelo ex-presidente foi a segunda, não restam mais dúvidas: Lula não foi traído por ninguém, está e sempre esteve no mesmo barco dos companheiros que assaltaram os cofres da nação.

Nesse mesmo barco, quando o escândalo estourou e Dirceu foi atirado ao mar, Lula colocou Dilma em seu lugar. E em 2010 passou o leme para ela. Logo no primeiro ano de governo da grande gestora, a imprensa burguesa e golpista descobriu uma floresta de fraudes em seu ministério.

Dilma teve que demitir de cara nada menos que seis ministros - mas de público, para quem quisesse ver e ouvir, se solidarizou com cada um dos demitidos por fraude: estamos juntos. Da mesma forma que Lula está junto com Dirceu. Eles estão todos juntos.

Assim como no valerioduto, a tecnologia dos contratos piratas para sangrar os cofres públicos está na origem de quase todos os escândalos do governo Dilma. Nos ministérios dos Esportes, das Cidades, do Turismo, dos Transportes e da Agricultura foi a mesma coisa. E todos os demitidos foram apoiados publicamente pela presidente - a senha para a manutenção dos donatários. O inesquecível Carlos Lupi, por exemplo, acusado de desvio de dinheiro do contribuinte através de ONGs, perdeu o cargo de ministro do Trabalho, mas foi mantido por Dilma como gerente da boca.

Não deu outra: dois anos depois, novo escândalo no Ministério do Trabalho, com suspeita de desvio de R$50 milhões, envolvendo as mesmas ONGs. O Brasil é uma mãe. E o filho do Brasil sabe disso.

Qual é a diferença desse tipo de assalto para o mensalão? Nenhuma. Em vez de um só valerioduto, com o dinheiro concentrado no caixa do PT para todas as compras de apoio político, o esquema foi pulverizado. O governo popular entrega a boca para o cliente e abençoa seu esquema. Se a imprensa golpista descobrir, faz-se o teatrinho da faxina e muda-se o zelador.

Dinheiro para distribuir não falta. O Brasil tem batido sucessivos recordes de arrecadação , ao mesmo tempo em que acaba de bater o recorde de déficit primário (R$ 9 bilhões em setembro), com as menores taxas de investimento do continente. Ou seja: a dinheirama está indo toda para a formidável máquina petista instalada no seio do Estado brasileiro.

Claro que, com essa gestão criteriosa, a inflação já saiu da meta há muito tempo, os serviços vão de mal a pior e a população já sentiu. Mas não tem o menor problema, porque os revoltados saem às ruas para pedir ônibus de graça, cidadania e bater em jornalista burguês. Enquanto isso, Dilma dispara no Ibope e hoje eleita tranquilamente em primeiro turno. Não há dúvida, o esquema deu certo.

Tanto deu certo que, depois de aguentar um Marcos Valério, o Brasil teve o estômago para uma Rosemary Noronha. Segundo a Polícia Federal, a protegida de Lula e Dilma na representação da Presidência da República em São Paulo deitou e rolou na máquina petista, regendo um balcão de cargos e negociatas nas agências reguladoras. 

O cidadão que sofre na favela Antonio Carlos Jobim, no Galeão, à procura de um banheiro, de um elevador, de uma vaga no estacionamento em ruínas ou de uma escada rolante, não se lembra de Rosemary. Nem que ela privatizou a Agência Nacional de Aviação Civil, fiscalizadora dos aeroportos. Roseamry Noronha está livre e passa bem.

O Brasil aprovou os arquitetos do mensalão, e já indicou que vai renovar a concessão deles em 2014. Lula tem razão: não há o que temer. Estamos juntos, companheiros. E, quando o mensaleiro Delúbio se declara um preso político, só há uma coisa a dizer aos brasileiros, submetidos a esse escárnio: bem feito.

O crítico de bolso bacana

Uma das formas mais seguras de se sentir aceito pelo grupo é desenvolver opiniões de rebanho. (..) As redes sociais e sua mesmice brega, espaço de repetição do irrelevante, são prova de nossa condição de rebanho como pilar da (in)segurança psicológica. (..) O sonho dessa moçada, que se afoga na irrelevância e no desespero do anonimato cotidiano (que assola todos nós), é ter opiniões sobre as coisas, mas acaba mesmo falando da pizza que comeu ontem ou xingando os inimigos de plantão. 


Por Luiz Felipe Pondé (Folha de SP)

Um dos traços essenciais de nossa psicologia é que queremos ser aceitos. Muitos filósofos, entre eles Adam Smith (1723-1790), diziam que nossa imaginação é constantemente presa à inquietação de como somos vistos pelos outros, fato este que é parte saudável da vida moral social, mas que também facilmente degenera numa angústia de dependência afetiva destruidora da autonomia.

Uma das formas mais seguras de se sentir aceito pelo grupo é desenvolver opiniões de rebanho. No fundo, temos horror a sermos recusados pelo bando, mas, hoje em dia, esse desejo de agradar é avassalador.

As redes sociais e sua mesmice brega, espaço de repetição do irrelevante, são prova de nossa condição de rebanho como pilar da (in)segurança psicológica.

As redes sociais criaram um novo perfil, o do crítico de bolso em versão pós-moderninha. O sonho dessa moçada, que se afoga na irrelevância e no desespero do anonimato cotidiano (que assola todos nós), é ter opiniões sobre as coisas, mas acaba mesmo falando da pizza que comeu ontem ou xingando os inimigos de plantão. O sonho de muitas dessas pessoas é frequentar jantares inteligentes nos quais gente bacana emite opiniões bacanas.

A forma mais fácil de frequentar jantares inteligentes é atacar a igreja, os EUA e a polícia. Mais sofisticado, mas que também garante acesso aos jantares inteligentes das zonas oeste e sul de São Paulo, é dizer que "o modelo social está ultrapassado". Esta frase leva algumas pessoas ao orgasmo (risadas?).

"O modelo social está ultrapassado" é a típica frase de quem quer se passar por crítico (mas, na realidade, é crítico de bolso), porque é a sociedade de mercado (ou como dizia Adam Smith, "commercial society"), a mesma que os comunistas chamam de "capitalismo", que nos retirou da miséria que é o estado natural da vida (e à qual voltamos rapidinho se o Brasil virar a Venezuela de Chávez e Maduro).

Toda riqueza que sustenta esse povo de jantares inteligentes, a começar pelo "bom vinho em conta", é fruto do mesmo modelo que consideram ultrapassado.

Aqui e ali, faça uma caricatura de quem você não consegue enfrentar porque lhe falta repertório conceitual. Diga que são racistas, "sequicistas" e homófobos. Conte, fingindo segredo, que seu filho é do círculo íntimo dos "maravilhosos" meninos do MPL e que sua filha é (incrível!!) black bloc, mas nunca bateu em ninguém.

Assim você chegará à sobremesa (leve, pois em jantares inteligentes ninguém quer engordar, porque sabe que os parceiros de jantares inteligentes são pessoas muito críticas) com segurança, sem dizer nada que ponha em risco sua cidadania de gente bacana.

Mas o que marca essa gente bacana é que na verdade nunca fala, nem tem contato real, com as pessoas fora das escolas de R$ 3.000 que paga para os seus filhos críticos desde os cinco anos de idade frequentarem, ou do seu círculo profissional chique e/ou da praia chique onde tem sua casa de praia típica de praias chiques.

O problema, quando você é um cidadão de jantares inteligentes, é que você acaba mesmo alienado e acreditando nas suas próprias críticas de bolso. Mas vamos ao que interessa. Vamos falar de um dos tópicos que autorizam você a se achar bacana e a frequentar jantares inteligentes: a polícia.

Outro dia, por acaso, conversei por cerca de três horas com um policial militar aposentado do Estado de São Paulo. Muito instrutivo, uma vez que sou egresso do mundo de gente bacana, que, portanto, nada sabe acerca do mundo real.

Ele definia sua classe como aquela que vive com a "mão no lixo" que essa gente bacana nunca vê de fato -a não ser quando resolve fazer ensaios fotográficos sobre "injustiça social". Reclama de como eles são invisíveis e de como a sociedade, na sua maioria, os considera parte do lixo. Um sofrimento profundo, devido a essa invisibilidade, marcava seu rosto de solitário. A polícia é um dos setores mais maltratados da sociedade, apesar de essencial.

Essa gente bacana sai correndo do jantar inteligente para o carro, com medo, sonhando com um baseado e uma bike em Amsterdã nas férias.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Puxa-sacos de ladrões! No Brasil, não há presos políticos, mas políticos presos.

Protestar contra os três dias de regime fechado para José Genoino é do jogo. Intimidar o Judiciário é delinquência política. A doença do petista é real; a construção do mártir é uma farsa. 

Por Reinaldo Azevedo (folha de SP)

No Brasil, não há presos políticos, mas políticos presos. A diferença entre uma coisa e outra é a que existe entre a ditadura cubana, que o governo petista financia, e a democracia, que o petismo difama. Se, no entanto, houvesse, a carcereira seria Dilma Rousseff. Ela pode fazer o STF sair com a toga entre as pernas. Basta evocar o inciso 12 do artigo 84 da Constituição: "Compete privativamente ao presidente da República (...) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei". Também vale para "presidentas".

Paulo Vannuchi, um devoto da democracia à moda Carlos Marighella, comparou a condenação de José Dirceu à extradição de Olga Benário. É? Foi o STF que autorizou o envio para a Alemanha nazista de uma judia comunista. O fascistoide Getúlio Vargas, hoje herói das esquerdas, poderia ter impedido o ato obsceno. Deu de ombros. Que Dilma não cometa o mesmo erro e liberte a súcia de heróis. Ironia não tem nota de rodapé --ou vira alfafa.

Está em curso um processo inédito de satanização do Judiciário. A sanha difamatória, na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra, não poupa nem a cor da pele de Joaquim Barbosa. Racistas virtuosos acham que ele se comporta como um "negro de alma branca". Lula lhe teria feito um favor, e ele não beija a mão de nhonhô...

Protestar contra os três dias de regime fechado para José Genoino é do jogo. Intimidar o Judiciário é delinquência política. A doença do petista é real; a construção do mártir é uma farsa. No dia da prisão, ele recusou exame médico preventivo no IML. Era parte da pantomima do falso herói trágico. Barbosa não cometeu uma só ilegalidade. A gritaria é fruto da máquina de propaganda do PT, que se aproveita da ignorância específica de jornalistas. Não são obrigados a saber tudo; o problema, em certos casos, é a imodéstia...

Um dos bons fundamentos do cristianismo é amar o pecador, não o pecado. Fiel à tradição das esquerdas, o PT ama é o pecado mesmo. O pecador é só o executor da tarefa em nome da causa. Leiam a peça "As Mãos Sujas", de Sartre, escrita antes de o autor se tornar um comunista babão. É esquemática, mas vai ao cerne do surrealismo socialista.

Alguns de nossos cronistas precisam ler. Outros precisam ler Padre Vieira. No "Sermão do Bom Ladrão", ele cita a descompostura que Alexandre Magno passou num pirata. O homem responde ao Lula da Macedônia: "Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?" Vieira emenda: "Assim é. (...) o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres."

Na quarta, reportagem de Flávia Foreque, no site da Folha, foi ao ponto. Um grupo de deputados do PT visitou os varões de Plutarco na Papuda. Parentes de presos sem pedigree ideológico começaram a xingar os petistas: "Puxa-saco de ladrões!". A deputada Marina Sant'Anna (PT-GO) quis dialogar. Sem sucesso. A mulher de um dos piratas resumiu: "Qual é a diferença [entre presos do mensalão e os demais]? Só porque tem nível superior, porque roubou do povo?" Vieira via diferença, sim. Os bacanas são mais covardes.

Indulto já, presidente! Até porque, entrando no 12º ano de governo e com mensaleiros em cana, o PT descobriu a precariedade das prisões. Este ano vai terminar com uma queda de 34,2% no valor destinado ao Plano Nacional de Apoio ao Sistema Prisional: R$ 238 milhões, contra R$ 361,9 milhões em 2012. Nas cadeias, só havia piratas "pobres de tão pretos e pretos de tão pobres". Agora há os Alexandres vermelhos, mas não de vergonha.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lula, enfim, enxergou o seu lugar na velha política brasileira.

A paixão e a engrenagem por Vinicius Motta

O braço esquerdo erguido, o punho cerrado. O discurso da vítima, do líder perseguido pela elite, do preso político. Um punhado de militantes mostra solidariedade às portas do cárcere. Entoa-se o hino da Internacional Socialista. O PT publica nota de repúdio ao tribunal.

Pipocam, enfim, lances mais explícitos da política como paixão no longo, e quase fleumático, processo do mensalão. E eles não são lá grande coisa. As massas não acudiram às ruas para abraçar José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Estavam engarrafadas no feriadão.

A hipocrisia, dizia La Rochefoucauld, é uma homenagem que o vício presta à virtude. Enquanto fazia acenos esporádicos aos líderes caídos, o mandachuva petista, Luiz Inácio Lula da Silva, girava a manivela da engrenagem recicladora.

As pedras de mó esmagaram não apenas algumas das figuras fundadoras do PT. Lula também aproveitou o escândalo para diluir o que restava de modernizante em seu partido. A substituta de Dirceu tornou-se emblema do fim da oposição ao varguismo e, especialmente após a queda de Palocci, à política econômica dirigista que marcou a ditadura militar sob Geisel.

Para evitar o impeachment, Lula abriu os braços a oligarcas e representantes do atraso no país. Sarney, Collor, Maluf e Renan são hoje amigos do peito do ex-presidente petista. Eles estão soltos. Dirceu e Genoino estão presos. Faz sentido.

Por isso, aguardam-se ansiosamente as palavras prometidas por Lula da Silva acerca do mensalão. Vão confirmar a entrevista de Paris, em 2005, quando jogou o PT aos leões a fim de preservar o mandato? Foram as mais sinceras frases já pronunciadas por ele sobre o caso.

Queimaram-se, afinal, uns poucos fusíveis para proteger a casa de máquinas. No reacender das luzes, Lula, enfim, enxergou o seu lugar na velha política brasileira.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Quem não tem sonhos tem pesadelos.

Artigo inspiradíssimo de Ricardo Jordão da BIZREVOLUTION. Ele toca no ponto. No EUA o sentimento empreendedor está na veia. Lá os caras, moleques de faculdades, querem gerar soluções inovadoras para os negócios e ficar rico. Inovar para gerar riqueza através do ganho de produtividade (fazer mais com menos). Ou seja, todo mundo ganha. É por isso que lá se ganha na média 4 vezes mais e os produtos são a metade do preço. Ou seja, eles são 8 vezes mais ricos que nós. Porque? Cultura de liberdade e de empreendedorismo, algo que trato aqui a todo tempo.
Lá ninguém quem ser servidor público, aqui SÓ querem ser servidor público. Aqui, neguinho corre atrás de emprego "com estabilidade" para ganhar os "benefícios". Isso diz muito de uma nação. As mensagens, os valores, a cultura que é disseminada na sociedade é que vai definir o seu futuro. Lá não é a politica do remendão, da vítima profissionalizada, da lógica do fracasso que se pratica no Brasil. Essa cultura que nossos governantes hoje disseminam no pais nunca vai nos levar a ser de primeiro mundo. No Brasil as pessoas perdoam tudo, só não perdoam o sucesso. Feito o desabafo, deixo vocês com esse excelente texto.
Vamos que vamos, com força e honra.
Thiago

"Eleve as suas palavras e não a sua voz; pois é a chuva que faz crescer as plantas e não o trovão."

Eu tenho um amigo que acaba de voltar de uma reunião em Nova Iorque com três dos mais bem sucedidos empresários brasileiros de todos os tempos. Ao final da reunião, curioso como sempre, o meu amigo perguntou, "Por que vocês tem escritório em Nova Iorque? Vocês são brasileiros, boa parte da empresa de vocês está no Brasil, por que aqui?"

Um dos três mosqueteiros então virou para o meu amigo e respondeu, "O nosso escritório fica em Nova Iorque porque aqui todos os dias nós recebemos dezenas de telefonemas de americanos muito loucos nos propondo as coisas mais doidas do planeta.

Tem maluco com proposta para revolucionar a nossa logística, transformar o nosso marketing, expandir o nosso atendimento ao cliente, revolucionar a nossa gestão de pessoas e muito mais.

E tem mais, o americano faz a lição de casa antes de nos procurar. Eles investigam o que nós somos e o que nós temos, eles pesquisam sobre os nossos pontos fortes e pontos fracos, eles descobrem problemas que nós temos que não conhecemos, e ligam para nós propondo negócios reais que adicionam, revolucionam, colaboram, destroem, substituem, reduzem, ampliam e multiplicam o que nós temos.

Nós já recusamos muitas propostas, mas já fizemos vários negócios super inovadores que transformaram as nossas empresas a partir das idéias malucas que foram apresentadas.

Sabe o que aconteceria se o nosso escritório fosse no Brasil?

Todo dia iria aparecer um advogado querendo ser o nosso advogado, um contador querendo ser o nosso contador, um publicitário querendo ser o nosso publicitário. No Brasil não tem nenhum FDP com uma proposta concreta para resolver algum problema real que possa ampliar verdadeiramente a riqueza do país. Os caras querem sempre ganhar em cima de algo que já existe. A maioria dos empresários brasileiros querem sempre tirar um pedaço da pizza de alguém ao invés de propor alguma coisa nova que possa gerar uma nova pizza.

No Brasil as pessoas querem sempre saber onde e o quê está dando dinheiro; ninguém pensa como um verdadeiro empreendedor desbravador de mercados; é raríssimo encontrar um empresário brasileiro disposto a construir mercados onde não existe nada.

Se fincarmos o nosso escritório no Brasil, seremos destruídos pela falta de propostas inovadoras.

Faltam propostas no Brasil!"

Sobram pessoas mais do mesmo.

Empresário brasileiro só investe em inovação quando o governo ajuda; empresário brasileiro só investe em educação, atividades sociais e culturais se for possível abater os investimentos dos impostos que tem a pagar.

Empresário brasileiro não investe a grana que acumulou no próprio país, a "fartura" está muito bem guardada em algum banco na Suíça ou algum paraíso fiscal no Caribe; Empresário brasileiro trabalha com dinheiro público!

Na hora de pedir grana pública a perder de vista, o empresário baba ovo para o governo; na hora de pagar impostos, o pilantra sonega porque precisa do dinheiro para pagar a prestação atrasada do novo Jaguar particular comprado com o faturamento da própria empresa.

Faltam propostas no Brasil!

Sobram pessoas querendo extrair o máximo do país com o mínimo de investimento pessoal.

Chega dessa palhaçada! Chega de roubar espaço dos outros, chega de vender o que todo mundo vende!

Tente pensar primeiro em resolver problemas e não em empurrar coisas para cima dos outros.

Se você quiser ocupar o lugar de alguém para fazer o que o cara já faz, pega uma ficha e entra na fila. Quando os vinte caras que estiveram na sua frente caírem, talvez você consiga o seu lugar.

Para 2014 eu tenho 60 propostas para você como líder colocar em prática na sua empresa.

Se eu fosse você eu escolheria três dessas propostas e tocava o pau.

1. Eu não quero saber da sua solução, eu quero saber da sua proposta. O que você tem para mim?!

2. Construa confiança entre os seus colegas antes que a crise apareça - e pode ter certeza que ela vai aparecer. 

3. Analise as forças e fraquezas da sua empresa a todo momento. 

4. Seja corajoso, rápido e justo. 

5. Fale mais sobre Valores do que Regras. 

6. Premie como os resultados são atingidos, e não apenas os resultados.

7. Constantemente desafie os seus funcionários a serem melhores. 

8. Celebre o sucesso dos seus funcionários, e não o seu. 

9. Comunique o que você tiver que comunicar com clareza e frequência.

10. Seja Visível. 

11. Elimine a causa dos erros. 

12. Olhe para todos os problemas como uma oportunidade para crescer. 

13. Resuma o consenso do grupo depois de todas as reuniões. 

14. Seja decisivo, se falou tá falado!

15. Diga "Muito obrigado!" e seja sincero quando fizê-lo. 

16. Ouça as pessoas com atenção, não seja multi-tarefa enquanto estiver escutando. 

17. Ensine alguma coisa nova para a sua equipe pelo menos uma vez por semana.

18. Mostre respeito por todas as pessoas que trabalham com você. 

19. Faça follow-up em todas coisas que você prometeu acompanhar. 

20. Permita uma autonomia prudente. 

21. Retorne e-mails e ligações na velocidade da luz. 

22. Dê crédito quando o crédito se fizer necessário. 

23. Demonstre interesse pelos seus funcionários e suas metas pessoais. 

24. Misture elogios com feedbacks construtivos sobre como melhorar as coisas. 

25. Aprenda os nomes dos funcionários da sua empresa mesmo que estejamos falando de centenas deles. 

26. Admita na frente de todo mundo que você também erra. 

27. Livre-se de quem não entrega, enrola ou boicota os outros. 

28. Dê feedback frequente para as pessoas e faça isso de maneira individual e específica. 

29. Contrate para completar, e não para duplicar. 

30. Seja voluntário na sua comunidade, faça algo de graça pelos outros, e permita aos seus funcionários fazerem o mesmo. 

31. Promova o excelente atendimento ao cliente internamente e externamente. 

32. Mostre que você confia nas pessoas. 

33. Incentive as pessoas a motivarem as outras. 

34. Incentive o individualismo.

35. Esteja aberto a mudar as suas decisões quando perceber que falou alguma besteira. 

36. Seja o exemplo que você quer ver na empresa. 

37. Seja humilde. 

38. Seja ambicioso. 

39. Explique a todos a relevância de cada uma das pessoas. 

40. Termine todas as reuniões com uma lista de coisas a fazer com seus respectivos donos e prazos.

41. Explique o processo e as razões porque você tomou as suas decisões. 

42. Leia livros sobre liderança para aprender alguma coisa que você não sabe. 

43. Defina metas e objetivos muito claros. 

44. Conheça-te a ti mesmo. Não tente ser bom onde você é um terror. Contrate pessoas que são boas onde você é ruim. 

45. Use Descrições de Cargos. Não contrate alguém só para fazer uma ou duas coisas. 

45. Incentive o crescimento pessoal das pessoas, e promova treinamentos, coaching, e educação interna e externa. 

46. Compartilhe as notícias ruins, e não apenas as boas. 

47. Comece todas as suas reuniões no horário, nem um minuto depois. 

48. Procure por orientação quando você não tiver uma boa resposta. 

49. Não interrompa as pessoas quando elas estiveram falando. 

50. Faça perguntas para entender o que as pessoas estão falando. 

51. Não atrase as conversas difíceis. Enfrente os problemas o mais cedo possível. 

52. Mergulhe de cabeça até os porões da sua empresa em busca de idéias sobre como melhorar os processos, as políticas, e as manias da galera. Diretor não sabe porra nenhuma sobre o que acontece na empresa. Pergunte aos estagiários!

53. Insista no Realismo. 

54. Mas viaje continuamente na maionese, sugira idéias que levem as pessoas a reagir com um enfático: "Você tá louco!". 

55. Tenha o máximo possível de conversas cara-a-cara com as pessoas. 

56. Seja o Melhor ou o Mais Barato, não existe mais meio termo. 

57. Emocione. Lute por uma causa. 

58. Cometa erros. Aqueles que não cometem erros trabalham para aqueles que cometem erros. 

59. Duas coisas definem o que você é: a sua paciência quando tem nada e a sua atitude quando tem tudo. O que vai ser?

60. Faça parte do segmento de mercado que mais cresce no mundo: as pessoas de bem.

60 Propostas. 

Qual é a sua?

Escolha meia dúzia. 

Ou duas dúzias.  

Faça a sua lista. 

Ou duas listas.  

Pratique pratique pratique.  

Proponha mudanças na sua empresa, e na empresa dos seus clientes. 

Proponha. Proponha. Proponha.  

Só não vale terminar 2014 como você vai terminar 2013.

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães
Tô de volta!
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BIZREVOLUTION 



domingo, 17 de novembro de 2013

O Pensador Coletivo

Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual. (..)  "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".

Por DEMÉTRIO MAGNOLI (Folha de S.Paulo, 2/11/2013)

Você sabe o que é MAV? Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento. Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos. Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.

O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico. O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.

O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.

O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra. "A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV. No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo". Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".

O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa". Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos do Pensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.


Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Privatofobia

Desde a chegada de d. João 6º, com suas caravelas e dinheiro estatal de sobra, uma parcela significativa dos cidadãos por aqui sonha em se encostar no Estado-nhonhô.(..) O que teria acontecido se Steve Jobs fosse brasileiro? Existiria a Apple? Desde os anos 80, a Lei de Informática (alterada, mas válida até hoje!) impede o fácil acesso a componentes eletrônicos. O lobby das empresas nacionais convenceu vários governos a proteger (sic) o país da invasão de tecnologia estrangeira.

Por Fernando Rodrigues (Folha de SP)

Dilma Rousseff colaborou anteontem à noite para eternizar o debate reducionista que opõe a iniciativa privada ao Estado. Em novilíngua orwelliana, a petista foi à TV afirmar que o leilão da concessão para explorar parte do petróleo da camada do pré-sal "é bem diferente de privatização".

Essa privatofobia já rendeu efeitos eleitorais positivos ao PT em 2006 e 2010. A dose deve ser repetida em 2014: "O PT defende o Estado. A oposição quer vender o país para os porcos capitalistas estrangeiros".

O debate é medíocre em si. Mas há um substrato ainda pior. Ao estimular a aversão pelo que é privado, o governo ajuda a perenizar um traço anômalo e atávico da nação brasileira. Desde a chegada de d. João 6º, com suas caravelas e dinheiro estatal de sobra, uma parcela significativa dos cidadãos por aqui sonha em se encostar no Estado-nhonhô.

O que teria acontecido se Steve Jobs fosse brasileiro? Existiria a Apple? Desde os anos 80, a Lei de Informática (alterada, mas válida até hoje!) impede o fácil acesso a componentes eletrônicos. O lobby das empresas nacionais convenceu vários governos a proteger (sic) o país da invasão de tecnologia estrangeira.

Brasília sintetiza essa distopia à perfeição. Inaugurada há 53 anos para levar o desenvolvimento ao interior do país, a cidade continua Estado-dependente. Uma pesquisa do Instituto FSB aponta que 70% dos trabalhadores da capital federal acham que "a melhor alternativa para melhorar de vida" é "passar em concurso público". Apenas 2% querem trabalhar em uma empresa privada. Abrir o próprio negócio? Só 26%, possivelmente pensando em prestar serviços para o governo.

Os brasilienses agem por instinto. O país desestimula o empreendedorismo. O dinheiro do pré-sal será insuficiente para mudar tal mentalidade. Até porque, a cada leilão a presidente irá à TV se referindo de maneira pejorativa a tudo o que é privado.



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Maquina que remove e transporta árvores sem danificá-las

Dando seguimento a série "Tenho pena de ambientalistas que sugerem salvar o mundo andando de bicicleta" "a inteligência humana me fascina" segue mais um reportagem sobre progresso e meio ambiente.

Maquina que remove e transporta uma árvore de forma rápida e sem danificá-la. Excelente.




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terça-feira, 5 de novembro de 2013

"Eu acuso"

Estamos entrando numa época de trevas no país. O bullying ideológico com os mais jovens é apenas o efeito, a causa é maior. (..)Como estes não crentes não formam um grupo, não são articulados nem têm tempo para sê-lo, a truculência dos autoritários faz um estrago diante da inexistência de uma resistência organizada.

Por Luiz Felipe Pondé

Muitos alunos de universidade e ensino médio estão sendo acuados em sala de aula por recusarem a pregação marxista. São reprovados em trabalhos ou taxados de egoístas e insensíveis. No Enem, questões ideológicas obrigam esses jovens a "fingirem" que são marxistas para não terem resultados ruins.

Estamos entrando numa época de trevas no país. O bullying ideológico com os mais jovens é apenas o efeito, a causa é maior. Vejamos.

No cenário geral, desde a maldita ditadura, colou no país a imagem de que a esquerda é amante da liberdade. Mentira. Só analfabeto em história pensa isso. Também colou a imagem de que ela foi vítima da ditadura. Claro, muitas pessoas o foram, sofreram terríveis torturas e isso deve ser apurado. Mas, refiro-me ao projeto político da esquerda. Este se saiu muito bem porque conseguiu vender a imagem de que a esquerda é amante da liberdade, quando na realidade é extremamente autoritária.

Nas universidades, tomaram as ciências humanas, principalmente as sociais, a ponto de fazerem da universidade púlpito de pregação. No ensino médio, assumem que a única coisa que os alunos devem conhecer como "estudo do meio" é a realidade do MST, como se o mundo fosse feito apenas por seus parceiros políticos. Demonizam a atividade empresarial como se esta fosse feita por criminosos usurários. Se pudessem, sacrificariam um Shylock por dia.

Estamos entrando num período de trevas. Nos partidos políticos, a seita tomou o espectro ideológico na sua quase totalidade. Só há partidos de esquerda, centro-esquerda, esquerda corrupta (o que é normalíssimo) e do "pântano". Não há outra opção.

A camada média dos agentes da mídia também é bastante tomada por crentes. A própria magistratura não escapa da influência do credo em questão. Artistas brincam de amantes dos "black blocs" e se esquecem que tudo que têm vem do mercado de bens culturais. Mas o fato é que brincar de simpatizante de mascarado vende disco.

Em vez do debate de ideias, passam à violência difamatória, intimidação e recusam o jogo democrático em nome de uma suposta santidade política e moral que a história do século 20 na sua totalidade desmente. Usam táticas do fascismo mais antigo: eliminar o descrente antes de tudo pela redução dele ao silêncio, apostando no medo.

Mesmos os institutos culturais financiados por bancos despejam rios de dinheiro na formação de jovens intelectuais contra a sociedade de mercado, contra a liberdade de expressão e a favor do flerte com a violência "revolucionária".

Além da opção dos bancos por investirem em intelectuais da seita marxista (e suas similares), como a maioria esmagadora dos departamentos de ciências humanas estão fechados aos não crentes, dezenas de jovens não crentes na seita marxista soçobram no vazio profissional.

Logo quase não haverá resistência ao ataque à democracia entre nós. A ameaça da ditadura volta, não carregada por um golpe, mas erguida por um lento processo de aniquilamento de qualquer pensamento possível contra a seita.

E aí voltamos aos alunos. Além de sofrerem nas mãos de professores (claro que não se trata da totalidade da categoria) que acuam os não crentes, acusando-os de antiéticos porque não comungam com a crença "cubana", muitos desses jovens veem seu dia a dia confiscado pelo autoritarismo de colegas que se arvoram em representantes dos alunos ou das instituições de ensino, criando impasses cotidianos como invasão de reitorias e greves votadas por uma minoria que sequestra a liberdade da maioria de viver sua vida em paz.

Muitos desses movimentos são autoritários, inclusive porque trabalham também com a intimidação e difamação dos colegas não crentes. Pura truculência ideológica.

Como estes não crentes não formam um grupo, não são articulados nem têm tempo para sê-lo, a truculência dos autoritários faz um estrago diante da inexistência de uma resistência organizada.


Recebo muitos e-mails desses jovens. Um deles, especificamente, já desistiu de dois cursos de humanas por não aceitar a pregação. Uma vergonha para nós.