segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Direita ou esquerda? O preguiçoso por essência é coletivista, portanto, sempre de esquerda.

Se você leitor que chegou até aqui puder investir 50, 60 minutos do seu tempo assistindo esse painel da Globonews, tenho certeza que será recompensador. Vários mitos rasteiros que a esquerda competentemente fez o povo acreditar (quem é da direita liberal é a favor da ditadura militar, por exemplo. Ou que a economia de mercado é contra os pobres) são desconstruídos com muita simplicidade. Imperdível do inicio ao fim.

OBS: Atentem-se que são dois vídeos (blocos). Clique na imagem para assistir.

Vamos que vamos!
Abraços Thiago


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A deliciosa nudez castigada

Meu Deus, quando é que nos tornamos tão incapazes de entender um mínimo da natureza humana? Já sei: desde que criamos essa noção autoritária de "lutar por um mundo melhor". (..) Sexo e amor sempre custam dinheiro, além de outras coisas. Aliás, a garota de programa é a mulher menos cara do mundo, custa só dinheiro. Outras relações custam vínculos, jantarzinhos, longas conversas, "DRs", incertezas quanto à retribuição do investimento de desejo, tempo e dinheiro.

Por Luiz Felipe Pondé (Folha de SP)

A repressão ao sexo mudou de lugar, agora ela está ali onde se situa o discurso "por um mundo melhor". As antigas "freiras" e senhoras protestantes de preto, que falavam de pecado e babavam de ódio das mais gostosas, agora propõem a extinção do sexo pago em nome da "justiça social". Ou seja, a puta, a garota de programa, deve deixar de existir. Antes era o pecado, agora é a "exploração do corpo".

O conceito de pecado implica em desejo reprimido (o que dá tesão), o de "exploração" não pressupõe o desejo, mas sim o papo-furado do "capital malvado". Gente chata essa que fala de "controle político do corpo".

Meu Deus, quando é que nos tornamos tão incapazes de entender um mínimo da natureza humana? Já sei: desde que criamos essa noção autoritária de "lutar por um mundo melhor".
Se um dia não existir mais mulheres que cobram por sexo (de modo direto e sem rodeios), a violência no mundo será ainda maior. Sexo e amor sempre custam dinheiro, além de outras coisas. Aliás, a garota de programa é a mulher menos cara do mundo, custa só dinheiro.

Outras relações custam vínculos, jantarzinhos, longas conversas, "DRs", incertezas quanto à retribuição do investimento de desejo, tempo e dinheiro. Entre essas meninas que trocam dinheiro por sexo, as melhores são aquelas que o fazem porque gostam do que fazem. Aliás, como em toda profissão.

Na Antiguidade, em muitos lugares, essas mulheres generosas faziam parte do processo de transformar um menino num homem. Mesmo em rotinas religiosas e espirituais. Na Bíblia, o numero de personagens prostitutas importantes é razoável. Dirão algumas pessoas mais nervosas que isso é "machismo", mas elas não entendem nada de sexo nem de mulher.

Nelson Rodrigues falava de "uma vocação ancestral". Diria eu, um arquétipo. O mundo fica mais pobre cada vez que esta vocação se torna muda. Tranque-a num quarto e seu perfume atravessará as paredes. Seu desejo escorrerá por debaixo da porta. Esconda-a sob véus, ela ressurgirá nos olhos, nos lábios, nos fios de cabelo. Seja nas roupas, na maquiagem, no modo de andar, de se sentar, de cruzar as pernas, de pensar, de sonhar, as melhores mulheres exalam cheiro de sexo como um dos modos de se relacionar com o mundo. Na filosofia se chama isso de erotismo.

A psicologia evolucionista considera a mulher que troca sexo por dinheiro um salto adaptativo. Elas mantêm o poligenismo masculino sob controle porque não exigem investimento afetivo em troca. Antes uma delas do que uma colega de trabalho. Não se pode falar isso, mas todo mundo sabe disso. Com a colega vem o risco da semelhança de interesses, da convergência de gostos, e o pior, a possível sensibilidade compartilhada.

Mas, eis que o Monsieur Normal, leia-se, o chato do François Hollande, presidente da França, resolveu multar quem for pego com uma dessas mulheres generosas. Não vai adiantar, só vai aumentar a violência, o crime, a distancia geográfica entre o homem e a mulher que querem fazer sexo sem complicações.

Mas, seguramente, vai aumentar a arrecadação do Estado, única coisa que socialista entende de economia. No resto, são analfabetos que só atrapalham o mundo. O que alimenta o socialismo como visão de mundo é a inveja dos que não conseguem ganhar dinheiro contra os que conseguem. De novo, o pecado (a inveja), ilumina melhor nossa natureza do que o blá-blá-blá da política como redenção do mundo.

Os "corretos" falam em "profissional do sexo", porque consideram a expressão puta ou garota de programa um desrespeito com essas mulheres. Pura hipocrisia, como sempre, quando se fala de pessoas que querem "um mundo melhor". Como dizia o filósofo Emil Cioran, vizinhos que são indiferentes são melhores do que vizinhos que têm uma "visão de mundo".

Mas, graças a Deus (que nos entende melhor do que esses santinhos de pau oco), essa lei não vai adiantar porque quanto mais se castiga a nudez paga da mulher, mais deliciosa ela fica.

Ao final, a mulher que troca sexo por dinheiro, sempre é mais desejada quando encontrá-la fica ainda mais caro.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Essa coisa do neoliberal

O termo “neoliberal”, tal como é usado actualmente, nada mais é do que uma arma de arremesso. (..) como os arremessos de neoliberal procuram apenas empurrar para territórios extremistas pessoas que se limitam a defender a sustentabilidade das finanças públicas e um Estado mais eficiente, que ajude quem realmente precisa e deixe de ser pasto abundante para toda a espécie de lobbies e corporações.

Nota do autor desse blog: Jonathan Swift disse “É inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio aquilo que não adquiriu pela razão.” BINGO!

Por João Miguel Tavares (Público)

Como os caros leitores certamente já terão reparado, eu, por facilidade de linguagem, levo o tempo todo a dizer que sou de direita. No entanto, em bom rigor, não sou eu que sou de direita: Portugal é que é um barco tão adornado à esquerda que alguém ao centro passa facilmente por super-hiper-mega-über-liberal.

Em Inglaterra, eu seria provavelmente um trabalhista. Nos Estados Unidos, seria certamente um democrata. E se calhar convém relembrar aos mais distraídos que liberalismo e conservadorismo são duas grandes correntes que historicamente sempre se opuseram.

Nos saudosos tempos em que a filosofia política não exigia a flexibilidade de um ginasta olímpico, ser liberal era ser de esquerda e ser conservador era ser de direita. Paul Krugman, o economista americano que a esquerda portuguesa tanto aprecia, até escreveu um livro intitulado A Consciência de um Liberal (está publicado em português pela Presença). E aquilo a que hoje em dia se chama neoliberalismo, enfiando lá para dentro as figuras tutelares de Margaret Thatcher e de Ronald Reagan, acaba por ser uma política imposta por neoconservadores, proporcionando assim uma salgalhada terminológica da qual nem sempre é fácil sair com a coluna intacta.

Aliás, originalmente (ou seja, em finais dos anos 30 do século passado), o termo neoliberal, embora defendendo a livre iniciativa e um mercado competitivo, pressupunha a existência de um Estado forte e regulador. E o próprio Manifesto Neoliberal do jornalista americano Charles Peters, publicado em 1981 na revistaWashington Monthly, era um texto moderado oriundo… da esquerda americana.Sim, da esquerda americana, aquela que se opunha às políticas do mesmo Ronald Reagan que hoje em dia é considerado um dos gurus neoliberais.

Por que é que esta mini-história do neoliberalismo interessa? Interessa para que se perceba que o termo “neoliberal”, tal como é usado actualmente, nada mais é do que uma arma de arremesso, um MacGuffin hitchcockiano que dá jeito para animar a acção, mas desprovido de qualquer conteúdo ideológico minimamente perceptível. Não só não faz sentido acusar o actual Governo de ser um fanático do Estado mínimo quando aquilo que conseguiu até hoje foi aumentar o peso do Estado nas nossas vidas através dos impostos e do descontrolo da dívida; como os arremessos de neoliberal procuram apenas empurrar para territórios extremistas pessoas que se limitam a defender a sustentabilidade das finanças públicas e um Estado mais eficiente, que ajude quem realmente precisa e deixe de ser pasto abundante para toda a espécie de lobbies e corporações.

Neste redemoinho de intermináveis paradoxos, dá-se o caso de muitos daqueles que são acusados de neoliberais estarem a querer menos Estado exactamente para afastar os privilegiados que enxameiam o regime há séculos, enquanto a esquerda revoltada com o grande capital não percebe que é precisamente a dimensão gargantuesca do Estado que alimenta – como sempre alimentou – quem melhor se move nos corredores do poder. Houvesse mais vontade de discutir estas coisas e menos vontade de baralhar, e não seria difícil evitar pontapear pessoas moderadas para um inexistente radicalismo, nem impedir que uma palavra tão progressista e de esquerda como “liberal” se transformasse num insulto no Portugal do século XXI. Endireite-se, pois, o barco, que já vai torto há demasiado tempo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Moral da história: O empresário brasileiro é roubado duas vezes, uma pelo ladrão, outra pelo Estado

Ao ser indagado acerca da injustiça que ele (juiz do trabalho) cometia ao obrigá-las a pagar por um gasto que não fizeram, o juiz soltou a pérola de costume: "As senhoras são ricas, podem pagar por isso". (..) só ingênuo e mal informado dá emprego no Brasil.

Por Luiz Felipe Pondé (Folha de SP)

Hoje vou contar uns casos para você. Aproximam-se o Natal e o Ano-Novo, e sempre pensamos o que poderia ser diferente no Brasil. Eu, diferentemente daqueles que creem em modas como "consciência política" (para mim isso é uma coisa tão real quanto carma), espero que um dia o Brasil se livre de sua inhaca de ser um país no qual quem dá emprego é visto como bandido. Porque, ao contrário do que diz a moçada da "justiça social" (carma...), quem dá emprego é quem faz verdadeira justiça social.

Imaginem uma jovem empresária cheia de vida e fé no seu negócio. Isso aconteceu alguns anos atrás, hoje ela se transformou numa cética com relação ao valor da atividade do pequeno e médio empresário brasileiro, porque acha que só ingênuo e mal informado dá emprego no Brasil.

Um dia sua loja de produtos finos foi assaltada em plena luz do dia. Ela e sua sócia tiveram suas vidas ameaçadas. Vários talões de cheques da empresa roubados do cofre. Não tinha muito dinheiro em "cash", por sorte.

Na sequência, se inicia a via crúcis para cancelar os talões e fazer o BO. Horas em delegacias com funcionários que complicavam as coisas com clara intenção de, quem sabe, garantir um "extra".

Alguns dias depois, a dona de um pequeno restaurante fora de São Paulo liga para elas dizendo que um grupo grande de homens havia passado um cheque de sua empresa como pagamento de uma festa que eles tinham dado no restaurante dela. Nossa jovem empresária, prontamente, informa à mulher que a loja tinha sido assaltada, que esses talões estavam cancelados e que tinha a documentação necessária para comprovar o relato, e, portanto, sentia muito, mas o cheque não tinha qualquer valor.

Claro que a dona do pequeno restaurante não quis saber e "pôs elas no pau". Foram obrigadas a depositar em juízo. Quando da audiência, após apresentar toda a documentação, o juiz decidiu que sim, elas deveriam pagar o cheque.

Quando questionado em sua decisão (já que elas tinham sido vítimas de um assalto!), o juiz as ameaçou dizendo que, caso não aceitassem a decisão, o processo se alongaria e sairia mais caro para elas. Ao ser indagado acerca da injustiça que ele cometia ao obrigá-las a pagar por um gasto que não fizeram, o juiz soltou a pérola de costume: "As senhoras são ricas, podem pagar por isso".

Eis o juiz fazendo caridade com a grana alheia. Comunista gosta de distribuir o dinheiro dos outros. No Brasil, muitos juízes acham que devem fazer (in)justiça social com as próprias mãos.
Moral da história: as empresárias foram roubadas duas vezes, uma pelos ladrões, outra pelo Estado.

Outro caso. Funcionário rouba o patrão. Ele demite o funcionário por justa causa. Abre processo na Justiça comum contra o funcionário. O juiz do trabalho decide que o patrão deve pagar "todos os direitos trabalhistas" do funcionário sob alegação de que uma coisa é roubar, outra é ser demitido. Risadas? Claro, o juiz do trabalho argumentou que as duas Justiças "não se comunicam" e que os direitos trabalhistas são inquestionáveis.

A questão é: afinal, roubar não seria causa suficiente para você demitir alguém? O problema é que cá nestas terras demitir é crime. O Brasil é mesmo o fim da picada.
Moral da história: o empresário foi roubado duas vezes, uma pelo funcionário ladrão, outra pelo Estado.

Mais um. Jovem empresário de uma cidade em outro Estado faz uma reforma na fachada de sua loja. Fica muito bonita. Dias depois, roubam quase tudo dessa fachada.

No Brasil, tudo é roubável. A fachada fica destruída. Passados poucos dias, aparece aquele cara chamado "fiscal da prefeitura". O "amigo" avisa ao empresário que vai lhe passar uma bela multa, a não ser que ele seja razoável. O jovem empresário, munido da fé comum daqueles que creem que escândalos com fiscais é coisa rara, argumenta e apresenta documentação provando a destruição criminosa e o roubo. Não adianta, o "representante do bem público", leia-se, o fiscal, lhe apresenta uma multa enorme.

Moral da história: o jovem empresário foi roubado duas vezes, uma pelo ladrão, outra pelo Estado.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Com uso de drones, Amazon promete entrega de pedidos em até meia hora

Dando seguimento a série "Tenho pena de ambientalistas que sugerem salvar o mundo andando de bicicleta" "a inteligência humana me fascina" segue mais um reportagem sobre progresso baseado na liberdade e no empreendedorismo.

Olhem o que Amazon está inventando. Claro que isso demorará alguns anos para de fato funcionar, mas não é genial?


Como são "terríveis" esses empresários que visam o lucro não é mesmo? Quanto opressão! (risos)

Os anticapitalistas estão contra nós

Com a sua peculiar definição de capitalismo, esses ideólogos militantes, muitas vezes disfarçados de professores, atribuem todos os males sociais, políticos e econômicos do mundo a um sistema que, ao contrário da imagem caricatural de estar a serviço das grandes corporações, bancos etc., é, na verdade, formado por todos nós que atuamos na iniciativa privada, do pipoqueiro ao megaempresário. Um sistema que, a despeito da representação ficcional, tem suas virtudes e vicissitudes, e que foi capaz de permitir que as pessoas pudessem se alimentar, empreender, prosperar, ter tempo para o lazer, ter acesso a produtos e a confortos inimagináveis séculos atrás.


Defender o capitalismo é tarefa inglória. Por várias razões. Primeiro, porque as várias interpretações equivocadas e aplicações inadequadas do termo acabaram por dividi-lo numa expressão pluridimensional. Assim, temos o capitalismo de livre mercado, o capitalismo marxista, o capitalismo de Estado, o capitalismo de compadres etc.

Se Marx não foi o criador nem o primeiro a usar o termo, foi quem lhe atribuiu, no célebre O Capital, o sentido negativo mundialmente reconhecido e utilizado, e opôs de forma hábil a distinção entre capitalista e trabalhador. Converteu o empresário, o dono do capital, numa entidade diabólica que age para explorar a mão de obra do oprimido trabalhador.

Diante dessa carga simbólica infame, defender o capitalismo de livre mercado é entrar num debate no qual o anticapitalista entra tentando direcioná-lo contra o seu defensor, que mesmo antes de expor uma defesa conceitual, substantiva e material, com dados empíricos a sustentar a teoria, precisa previamente se defender das acusações pessoais de odiar os pobres e os beagles, e elencar justificativas (que o interlocutor nem sequer considerará) sobre o que o capitalismo não é. O crítico pretende conduzir o debate em sua zona de conforto, e assim ignorar estrategicamente o que diz o defensor do capitalismo de livre mercado.

É um erro muito comum supor que o anticapitalista é um interlocutor intelectualmente honesto. A ingênua boa-fé do defensor do capitalismo é utilizada pelo seu crítico como uma fraqueza a ser explorada; como um macete para atingir a cabeça do inimigo ideológico. E assim o “debate” se converte numa doutrinação e num instrumento de sedução dos incautos em busca de utopias perdidas.

Não é uma coincidência o fato de muitos anticapitalistas serem intelectuais e/ou indivíduos que cons­troem suas vidas fugindo da realidade. Essa fuga, justamente o vínculo entre ambos, é alicerçada numa teoria utópica (geralmente socialista ou comunista) que a estrutura, legitima e que pavimenta a construção idealizada de uma realidade abstrata na qual o mundo concreto e as pessoas reais não são o que eles veem, mas o que gostariam de ver, como bem apontou o economista americano Thomas Sowell em seu excelente Os Intelectuais e a Sociedade (p. 182-184).

Com a sua peculiar definição de capitalismo, esses ideólogos militantes, muitas vezes disfarçados de professores, atribuem todos os males sociais, políticos e econômicos do mundo a um sistema que, ao contrário da imagem caricatural de estar a serviço das grandes corporações, bancos etc., é, na verdade, formado por todos nós que atuamos na iniciativa privada, do pipoqueiro ao megaempresário. Um sistema que, a despeito da representação ficcional, tem suas virtudes e vicissitudes, e que foi capaz de permitir que as pessoas pudessem se alimentar, empreender, prosperar, ter tempo para o lazer, ter acesso a produtos e a confortos inimagináveis séculos atrás.


Sempre que um anticapitalista exibir o arsenal de equívocos contra o capitalismo, tenha a certeza de que o prejudicado com a alternativa política e econômica que defende não será ele nem os seus companheiros de ideologia e/ou de partido.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

ESTAMOS JUNTOS

O ex-presidente está solidário com um homem que usou o seu governo para desviar dinheiro público para o seu partido. E manifesta essa solidariedade exatamente no momento em que seu sócio criminoso é preso. (..) O Brasil aprovou os arquitetos do mensalão, e já indicou que vai renovar a concessão deles em 2014. Lula tem razão: não há o que temer. Estamos juntos, companheiros.

Por Guilherme Fiúza

Quando saiu seu mandado de prisão, José Dirceu recebeu um telefonema de Lula: "Estamos juntos", lhe disse o ex-presidente. É uma afirmação enigmática. "Estamos juntos" onde? Considerando-se que Lula não está preso também, só resta uma conclusão possível: Lula e Dirceu estão juntos na sociedade que governa o Brasil há dez anos.

O sócio José Dirceu está condenado e preso por corrupção ativa. Ele não cometeu esse crime quando estava de férias ou numa desventura particular qualquer. O sócio Dirceu cometeu o crime de corrupção ativa quando era ministro do sócio Lula. O ex-presidente está solidário com um homem que usou o seu governo para desviar dinheiro público para o seu partido. E manifesta essa solidariedade exatamente no momento em que seu sócio criminoso é preso.

Lula não sabia de nada. Agora sabe, mas não se importa. E estende a mão aos homens do seu partido que o traíram para roubar o país. Das duas, uma: ou Lula foi traído e repudia o crime dos mensaleiros, ou se solidariza com eles. Como a opção escolhida pelo ex-presidente foi a segunda, não restam mais dúvidas: Lula não foi traído por ninguém, está e sempre esteve no mesmo barco dos companheiros que assaltaram os cofres da nação.

Nesse mesmo barco, quando o escândalo estourou e Dirceu foi atirado ao mar, Lula colocou Dilma em seu lugar. E em 2010 passou o leme para ela. Logo no primeiro ano de governo da grande gestora, a imprensa burguesa e golpista descobriu uma floresta de fraudes em seu ministério.

Dilma teve que demitir de cara nada menos que seis ministros - mas de público, para quem quisesse ver e ouvir, se solidarizou com cada um dos demitidos por fraude: estamos juntos. Da mesma forma que Lula está junto com Dirceu. Eles estão todos juntos.

Assim como no valerioduto, a tecnologia dos contratos piratas para sangrar os cofres públicos está na origem de quase todos os escândalos do governo Dilma. Nos ministérios dos Esportes, das Cidades, do Turismo, dos Transportes e da Agricultura foi a mesma coisa. E todos os demitidos foram apoiados publicamente pela presidente - a senha para a manutenção dos donatários. O inesquecível Carlos Lupi, por exemplo, acusado de desvio de dinheiro do contribuinte através de ONGs, perdeu o cargo de ministro do Trabalho, mas foi mantido por Dilma como gerente da boca.

Não deu outra: dois anos depois, novo escândalo no Ministério do Trabalho, com suspeita de desvio de R$50 milhões, envolvendo as mesmas ONGs. O Brasil é uma mãe. E o filho do Brasil sabe disso.

Qual é a diferença desse tipo de assalto para o mensalão? Nenhuma. Em vez de um só valerioduto, com o dinheiro concentrado no caixa do PT para todas as compras de apoio político, o esquema foi pulverizado. O governo popular entrega a boca para o cliente e abençoa seu esquema. Se a imprensa golpista descobrir, faz-se o teatrinho da faxina e muda-se o zelador.

Dinheiro para distribuir não falta. O Brasil tem batido sucessivos recordes de arrecadação , ao mesmo tempo em que acaba de bater o recorde de déficit primário (R$ 9 bilhões em setembro), com as menores taxas de investimento do continente. Ou seja: a dinheirama está indo toda para a formidável máquina petista instalada no seio do Estado brasileiro.

Claro que, com essa gestão criteriosa, a inflação já saiu da meta há muito tempo, os serviços vão de mal a pior e a população já sentiu. Mas não tem o menor problema, porque os revoltados saem às ruas para pedir ônibus de graça, cidadania e bater em jornalista burguês. Enquanto isso, Dilma dispara no Ibope e hoje eleita tranquilamente em primeiro turno. Não há dúvida, o esquema deu certo.

Tanto deu certo que, depois de aguentar um Marcos Valério, o Brasil teve o estômago para uma Rosemary Noronha. Segundo a Polícia Federal, a protegida de Lula e Dilma na representação da Presidência da República em São Paulo deitou e rolou na máquina petista, regendo um balcão de cargos e negociatas nas agências reguladoras. 

O cidadão que sofre na favela Antonio Carlos Jobim, no Galeão, à procura de um banheiro, de um elevador, de uma vaga no estacionamento em ruínas ou de uma escada rolante, não se lembra de Rosemary. Nem que ela privatizou a Agência Nacional de Aviação Civil, fiscalizadora dos aeroportos. Roseamry Noronha está livre e passa bem.

O Brasil aprovou os arquitetos do mensalão, e já indicou que vai renovar a concessão deles em 2014. Lula tem razão: não há o que temer. Estamos juntos, companheiros. E, quando o mensaleiro Delúbio se declara um preso político, só há uma coisa a dizer aos brasileiros, submetidos a esse escárnio: bem feito.

O crítico de bolso bacana

Uma das formas mais seguras de se sentir aceito pelo grupo é desenvolver opiniões de rebanho. (..) As redes sociais e sua mesmice brega, espaço de repetição do irrelevante, são prova de nossa condição de rebanho como pilar da (in)segurança psicológica. (..) O sonho dessa moçada, que se afoga na irrelevância e no desespero do anonimato cotidiano (que assola todos nós), é ter opiniões sobre as coisas, mas acaba mesmo falando da pizza que comeu ontem ou xingando os inimigos de plantão. 


Por Luiz Felipe Pondé (Folha de SP)

Um dos traços essenciais de nossa psicologia é que queremos ser aceitos. Muitos filósofos, entre eles Adam Smith (1723-1790), diziam que nossa imaginação é constantemente presa à inquietação de como somos vistos pelos outros, fato este que é parte saudável da vida moral social, mas que também facilmente degenera numa angústia de dependência afetiva destruidora da autonomia.

Uma das formas mais seguras de se sentir aceito pelo grupo é desenvolver opiniões de rebanho. No fundo, temos horror a sermos recusados pelo bando, mas, hoje em dia, esse desejo de agradar é avassalador.

As redes sociais e sua mesmice brega, espaço de repetição do irrelevante, são prova de nossa condição de rebanho como pilar da (in)segurança psicológica.

As redes sociais criaram um novo perfil, o do crítico de bolso em versão pós-moderninha. O sonho dessa moçada, que se afoga na irrelevância e no desespero do anonimato cotidiano (que assola todos nós), é ter opiniões sobre as coisas, mas acaba mesmo falando da pizza que comeu ontem ou xingando os inimigos de plantão. O sonho de muitas dessas pessoas é frequentar jantares inteligentes nos quais gente bacana emite opiniões bacanas.

A forma mais fácil de frequentar jantares inteligentes é atacar a igreja, os EUA e a polícia. Mais sofisticado, mas que também garante acesso aos jantares inteligentes das zonas oeste e sul de São Paulo, é dizer que "o modelo social está ultrapassado". Esta frase leva algumas pessoas ao orgasmo (risadas?).

"O modelo social está ultrapassado" é a típica frase de quem quer se passar por crítico (mas, na realidade, é crítico de bolso), porque é a sociedade de mercado (ou como dizia Adam Smith, "commercial society"), a mesma que os comunistas chamam de "capitalismo", que nos retirou da miséria que é o estado natural da vida (e à qual voltamos rapidinho se o Brasil virar a Venezuela de Chávez e Maduro).

Toda riqueza que sustenta esse povo de jantares inteligentes, a começar pelo "bom vinho em conta", é fruto do mesmo modelo que consideram ultrapassado.

Aqui e ali, faça uma caricatura de quem você não consegue enfrentar porque lhe falta repertório conceitual. Diga que são racistas, "sequicistas" e homófobos. Conte, fingindo segredo, que seu filho é do círculo íntimo dos "maravilhosos" meninos do MPL e que sua filha é (incrível!!) black bloc, mas nunca bateu em ninguém.

Assim você chegará à sobremesa (leve, pois em jantares inteligentes ninguém quer engordar, porque sabe que os parceiros de jantares inteligentes são pessoas muito críticas) com segurança, sem dizer nada que ponha em risco sua cidadania de gente bacana.

Mas o que marca essa gente bacana é que na verdade nunca fala, nem tem contato real, com as pessoas fora das escolas de R$ 3.000 que paga para os seus filhos críticos desde os cinco anos de idade frequentarem, ou do seu círculo profissional chique e/ou da praia chique onde tem sua casa de praia típica de praias chiques.

O problema, quando você é um cidadão de jantares inteligentes, é que você acaba mesmo alienado e acreditando nas suas próprias críticas de bolso. Mas vamos ao que interessa. Vamos falar de um dos tópicos que autorizam você a se achar bacana e a frequentar jantares inteligentes: a polícia.

Outro dia, por acaso, conversei por cerca de três horas com um policial militar aposentado do Estado de São Paulo. Muito instrutivo, uma vez que sou egresso do mundo de gente bacana, que, portanto, nada sabe acerca do mundo real.

Ele definia sua classe como aquela que vive com a "mão no lixo" que essa gente bacana nunca vê de fato -a não ser quando resolve fazer ensaios fotográficos sobre "injustiça social". Reclama de como eles são invisíveis e de como a sociedade, na sua maioria, os considera parte do lixo. Um sofrimento profundo, devido a essa invisibilidade, marcava seu rosto de solitário. A polícia é um dos setores mais maltratados da sociedade, apesar de essencial.

Essa gente bacana sai correndo do jantar inteligente para o carro, com medo, sonhando com um baseado e uma bike em Amsterdã nas férias.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Puxa-sacos de ladrões! No Brasil, não há presos políticos, mas políticos presos.

Protestar contra os três dias de regime fechado para José Genoino é do jogo. Intimidar o Judiciário é delinquência política. A doença do petista é real; a construção do mártir é uma farsa. 

Por Reinaldo Azevedo (folha de SP)

No Brasil, não há presos políticos, mas políticos presos. A diferença entre uma coisa e outra é a que existe entre a ditadura cubana, que o governo petista financia, e a democracia, que o petismo difama. Se, no entanto, houvesse, a carcereira seria Dilma Rousseff. Ela pode fazer o STF sair com a toga entre as pernas. Basta evocar o inciso 12 do artigo 84 da Constituição: "Compete privativamente ao presidente da República (...) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei". Também vale para "presidentas".

Paulo Vannuchi, um devoto da democracia à moda Carlos Marighella, comparou a condenação de José Dirceu à extradição de Olga Benário. É? Foi o STF que autorizou o envio para a Alemanha nazista de uma judia comunista. O fascistoide Getúlio Vargas, hoje herói das esquerdas, poderia ter impedido o ato obsceno. Deu de ombros. Que Dilma não cometa o mesmo erro e liberte a súcia de heróis. Ironia não tem nota de rodapé --ou vira alfafa.

Está em curso um processo inédito de satanização do Judiciário. A sanha difamatória, na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra, não poupa nem a cor da pele de Joaquim Barbosa. Racistas virtuosos acham que ele se comporta como um "negro de alma branca". Lula lhe teria feito um favor, e ele não beija a mão de nhonhô...

Protestar contra os três dias de regime fechado para José Genoino é do jogo. Intimidar o Judiciário é delinquência política. A doença do petista é real; a construção do mártir é uma farsa. No dia da prisão, ele recusou exame médico preventivo no IML. Era parte da pantomima do falso herói trágico. Barbosa não cometeu uma só ilegalidade. A gritaria é fruto da máquina de propaganda do PT, que se aproveita da ignorância específica de jornalistas. Não são obrigados a saber tudo; o problema, em certos casos, é a imodéstia...

Um dos bons fundamentos do cristianismo é amar o pecador, não o pecado. Fiel à tradição das esquerdas, o PT ama é o pecado mesmo. O pecador é só o executor da tarefa em nome da causa. Leiam a peça "As Mãos Sujas", de Sartre, escrita antes de o autor se tornar um comunista babão. É esquemática, mas vai ao cerne do surrealismo socialista.

Alguns de nossos cronistas precisam ler. Outros precisam ler Padre Vieira. No "Sermão do Bom Ladrão", ele cita a descompostura que Alexandre Magno passou num pirata. O homem responde ao Lula da Macedônia: "Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?" Vieira emenda: "Assim é. (...) o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres."

Na quarta, reportagem de Flávia Foreque, no site da Folha, foi ao ponto. Um grupo de deputados do PT visitou os varões de Plutarco na Papuda. Parentes de presos sem pedigree ideológico começaram a xingar os petistas: "Puxa-saco de ladrões!". A deputada Marina Sant'Anna (PT-GO) quis dialogar. Sem sucesso. A mulher de um dos piratas resumiu: "Qual é a diferença [entre presos do mensalão e os demais]? Só porque tem nível superior, porque roubou do povo?" Vieira via diferença, sim. Os bacanas são mais covardes.

Indulto já, presidente! Até porque, entrando no 12º ano de governo e com mensaleiros em cana, o PT descobriu a precariedade das prisões. Este ano vai terminar com uma queda de 34,2% no valor destinado ao Plano Nacional de Apoio ao Sistema Prisional: R$ 238 milhões, contra R$ 361,9 milhões em 2012. Nas cadeias, só havia piratas "pobres de tão pretos e pretos de tão pobres". Agora há os Alexandres vermelhos, mas não de vergonha.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lula, enfim, enxergou o seu lugar na velha política brasileira.

A paixão e a engrenagem por Vinicius Motta

O braço esquerdo erguido, o punho cerrado. O discurso da vítima, do líder perseguido pela elite, do preso político. Um punhado de militantes mostra solidariedade às portas do cárcere. Entoa-se o hino da Internacional Socialista. O PT publica nota de repúdio ao tribunal.

Pipocam, enfim, lances mais explícitos da política como paixão no longo, e quase fleumático, processo do mensalão. E eles não são lá grande coisa. As massas não acudiram às ruas para abraçar José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Estavam engarrafadas no feriadão.

A hipocrisia, dizia La Rochefoucauld, é uma homenagem que o vício presta à virtude. Enquanto fazia acenos esporádicos aos líderes caídos, o mandachuva petista, Luiz Inácio Lula da Silva, girava a manivela da engrenagem recicladora.

As pedras de mó esmagaram não apenas algumas das figuras fundadoras do PT. Lula também aproveitou o escândalo para diluir o que restava de modernizante em seu partido. A substituta de Dirceu tornou-se emblema do fim da oposição ao varguismo e, especialmente após a queda de Palocci, à política econômica dirigista que marcou a ditadura militar sob Geisel.

Para evitar o impeachment, Lula abriu os braços a oligarcas e representantes do atraso no país. Sarney, Collor, Maluf e Renan são hoje amigos do peito do ex-presidente petista. Eles estão soltos. Dirceu e Genoino estão presos. Faz sentido.

Por isso, aguardam-se ansiosamente as palavras prometidas por Lula da Silva acerca do mensalão. Vão confirmar a entrevista de Paris, em 2005, quando jogou o PT aos leões a fim de preservar o mandato? Foram as mais sinceras frases já pronunciadas por ele sobre o caso.

Queimaram-se, afinal, uns poucos fusíveis para proteger a casa de máquinas. No reacender das luzes, Lula, enfim, enxergou o seu lugar na velha política brasileira.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Quem não tem sonhos tem pesadelos.

Artigo inspiradíssimo de Ricardo Jordão da BIZREVOLUTION. Ele toca no ponto. No EUA o sentimento empreendedor está na veia. Lá os caras, moleques de faculdades, querem gerar soluções inovadoras para os negócios e ficar rico. Inovar para gerar riqueza através do ganho de produtividade (fazer mais com menos). Ou seja, todo mundo ganha. É por isso que lá se ganha na média 4 vezes mais e os produtos são a metade do preço. Ou seja, eles são 8 vezes mais ricos que nós. Porque? Cultura de liberdade e de empreendedorismo, algo que trato aqui a todo tempo.
Lá ninguém quem ser servidor público, aqui SÓ querem ser servidor público. Aqui, neguinho corre atrás de emprego "com estabilidade" para ganhar os "benefícios". Isso diz muito de uma nação. As mensagens, os valores, a cultura que é disseminada na sociedade é que vai definir o seu futuro. Lá não é a politica do remendão, da vítima profissionalizada, da lógica do fracasso que se pratica no Brasil. Essa cultura que nossos governantes hoje disseminam no pais nunca vai nos levar a ser de primeiro mundo. No Brasil as pessoas perdoam tudo, só não perdoam o sucesso. Feito o desabafo, deixo vocês com esse excelente texto.
Vamos que vamos, com força e honra.
Thiago

"Eleve as suas palavras e não a sua voz; pois é a chuva que faz crescer as plantas e não o trovão."

Eu tenho um amigo que acaba de voltar de uma reunião em Nova Iorque com três dos mais bem sucedidos empresários brasileiros de todos os tempos. Ao final da reunião, curioso como sempre, o meu amigo perguntou, "Por que vocês tem escritório em Nova Iorque? Vocês são brasileiros, boa parte da empresa de vocês está no Brasil, por que aqui?"

Um dos três mosqueteiros então virou para o meu amigo e respondeu, "O nosso escritório fica em Nova Iorque porque aqui todos os dias nós recebemos dezenas de telefonemas de americanos muito loucos nos propondo as coisas mais doidas do planeta.

Tem maluco com proposta para revolucionar a nossa logística, transformar o nosso marketing, expandir o nosso atendimento ao cliente, revolucionar a nossa gestão de pessoas e muito mais.

E tem mais, o americano faz a lição de casa antes de nos procurar. Eles investigam o que nós somos e o que nós temos, eles pesquisam sobre os nossos pontos fortes e pontos fracos, eles descobrem problemas que nós temos que não conhecemos, e ligam para nós propondo negócios reais que adicionam, revolucionam, colaboram, destroem, substituem, reduzem, ampliam e multiplicam o que nós temos.

Nós já recusamos muitas propostas, mas já fizemos vários negócios super inovadores que transformaram as nossas empresas a partir das idéias malucas que foram apresentadas.

Sabe o que aconteceria se o nosso escritório fosse no Brasil?

Todo dia iria aparecer um advogado querendo ser o nosso advogado, um contador querendo ser o nosso contador, um publicitário querendo ser o nosso publicitário. No Brasil não tem nenhum FDP com uma proposta concreta para resolver algum problema real que possa ampliar verdadeiramente a riqueza do país. Os caras querem sempre ganhar em cima de algo que já existe. A maioria dos empresários brasileiros querem sempre tirar um pedaço da pizza de alguém ao invés de propor alguma coisa nova que possa gerar uma nova pizza.

No Brasil as pessoas querem sempre saber onde e o quê está dando dinheiro; ninguém pensa como um verdadeiro empreendedor desbravador de mercados; é raríssimo encontrar um empresário brasileiro disposto a construir mercados onde não existe nada.

Se fincarmos o nosso escritório no Brasil, seremos destruídos pela falta de propostas inovadoras.

Faltam propostas no Brasil!"

Sobram pessoas mais do mesmo.

Empresário brasileiro só investe em inovação quando o governo ajuda; empresário brasileiro só investe em educação, atividades sociais e culturais se for possível abater os investimentos dos impostos que tem a pagar.

Empresário brasileiro não investe a grana que acumulou no próprio país, a "fartura" está muito bem guardada em algum banco na Suíça ou algum paraíso fiscal no Caribe; Empresário brasileiro trabalha com dinheiro público!

Na hora de pedir grana pública a perder de vista, o empresário baba ovo para o governo; na hora de pagar impostos, o pilantra sonega porque precisa do dinheiro para pagar a prestação atrasada do novo Jaguar particular comprado com o faturamento da própria empresa.

Faltam propostas no Brasil!

Sobram pessoas querendo extrair o máximo do país com o mínimo de investimento pessoal.

Chega dessa palhaçada! Chega de roubar espaço dos outros, chega de vender o que todo mundo vende!

Tente pensar primeiro em resolver problemas e não em empurrar coisas para cima dos outros.

Se você quiser ocupar o lugar de alguém para fazer o que o cara já faz, pega uma ficha e entra na fila. Quando os vinte caras que estiveram na sua frente caírem, talvez você consiga o seu lugar.

Para 2014 eu tenho 60 propostas para você como líder colocar em prática na sua empresa.

Se eu fosse você eu escolheria três dessas propostas e tocava o pau.

1. Eu não quero saber da sua solução, eu quero saber da sua proposta. O que você tem para mim?!

2. Construa confiança entre os seus colegas antes que a crise apareça - e pode ter certeza que ela vai aparecer. 

3. Analise as forças e fraquezas da sua empresa a todo momento. 

4. Seja corajoso, rápido e justo. 

5. Fale mais sobre Valores do que Regras. 

6. Premie como os resultados são atingidos, e não apenas os resultados.

7. Constantemente desafie os seus funcionários a serem melhores. 

8. Celebre o sucesso dos seus funcionários, e não o seu. 

9. Comunique o que você tiver que comunicar com clareza e frequência.

10. Seja Visível. 

11. Elimine a causa dos erros. 

12. Olhe para todos os problemas como uma oportunidade para crescer. 

13. Resuma o consenso do grupo depois de todas as reuniões. 

14. Seja decisivo, se falou tá falado!

15. Diga "Muito obrigado!" e seja sincero quando fizê-lo. 

16. Ouça as pessoas com atenção, não seja multi-tarefa enquanto estiver escutando. 

17. Ensine alguma coisa nova para a sua equipe pelo menos uma vez por semana.

18. Mostre respeito por todas as pessoas que trabalham com você. 

19. Faça follow-up em todas coisas que você prometeu acompanhar. 

20. Permita uma autonomia prudente. 

21. Retorne e-mails e ligações na velocidade da luz. 

22. Dê crédito quando o crédito se fizer necessário. 

23. Demonstre interesse pelos seus funcionários e suas metas pessoais. 

24. Misture elogios com feedbacks construtivos sobre como melhorar as coisas. 

25. Aprenda os nomes dos funcionários da sua empresa mesmo que estejamos falando de centenas deles. 

26. Admita na frente de todo mundo que você também erra. 

27. Livre-se de quem não entrega, enrola ou boicota os outros. 

28. Dê feedback frequente para as pessoas e faça isso de maneira individual e específica. 

29. Contrate para completar, e não para duplicar. 

30. Seja voluntário na sua comunidade, faça algo de graça pelos outros, e permita aos seus funcionários fazerem o mesmo. 

31. Promova o excelente atendimento ao cliente internamente e externamente. 

32. Mostre que você confia nas pessoas. 

33. Incentive as pessoas a motivarem as outras. 

34. Incentive o individualismo.

35. Esteja aberto a mudar as suas decisões quando perceber que falou alguma besteira. 

36. Seja o exemplo que você quer ver na empresa. 

37. Seja humilde. 

38. Seja ambicioso. 

39. Explique a todos a relevância de cada uma das pessoas. 

40. Termine todas as reuniões com uma lista de coisas a fazer com seus respectivos donos e prazos.

41. Explique o processo e as razões porque você tomou as suas decisões. 

42. Leia livros sobre liderança para aprender alguma coisa que você não sabe. 

43. Defina metas e objetivos muito claros. 

44. Conheça-te a ti mesmo. Não tente ser bom onde você é um terror. Contrate pessoas que são boas onde você é ruim. 

45. Use Descrições de Cargos. Não contrate alguém só para fazer uma ou duas coisas. 

45. Incentive o crescimento pessoal das pessoas, e promova treinamentos, coaching, e educação interna e externa. 

46. Compartilhe as notícias ruins, e não apenas as boas. 

47. Comece todas as suas reuniões no horário, nem um minuto depois. 

48. Procure por orientação quando você não tiver uma boa resposta. 

49. Não interrompa as pessoas quando elas estiveram falando. 

50. Faça perguntas para entender o que as pessoas estão falando. 

51. Não atrase as conversas difíceis. Enfrente os problemas o mais cedo possível. 

52. Mergulhe de cabeça até os porões da sua empresa em busca de idéias sobre como melhorar os processos, as políticas, e as manias da galera. Diretor não sabe porra nenhuma sobre o que acontece na empresa. Pergunte aos estagiários!

53. Insista no Realismo. 

54. Mas viaje continuamente na maionese, sugira idéias que levem as pessoas a reagir com um enfático: "Você tá louco!". 

55. Tenha o máximo possível de conversas cara-a-cara com as pessoas. 

56. Seja o Melhor ou o Mais Barato, não existe mais meio termo. 

57. Emocione. Lute por uma causa. 

58. Cometa erros. Aqueles que não cometem erros trabalham para aqueles que cometem erros. 

59. Duas coisas definem o que você é: a sua paciência quando tem nada e a sua atitude quando tem tudo. O que vai ser?

60. Faça parte do segmento de mercado que mais cresce no mundo: as pessoas de bem.

60 Propostas. 

Qual é a sua?

Escolha meia dúzia. 

Ou duas dúzias.  

Faça a sua lista. 

Ou duas listas.  

Pratique pratique pratique.  

Proponha mudanças na sua empresa, e na empresa dos seus clientes. 

Proponha. Proponha. Proponha.  

Só não vale terminar 2014 como você vai terminar 2013.

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães
Tô de volta!
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