Mão de obra barata (Rosane de Oliveira)
No discurso dos professores que rejeitam as mudanças no Ensino Médio propostas pelo governo do Estado, uma acusação tem sido recorrente: a de que as alterações têm por objetivo fornecer mão de obra barata para as empresas. Trata-se de uma simplificação que não se sustenta na realidade e que deve ser debitada não apenas ao clima belicoso entre o Cpers e o governo, mas à falha na comunicação em relação às mudanças. O uso da expressão politécnico para o Ensino Médio preparatório ao Enem e ao vestibular contribui para a confusão generalizada entre os professores.
Se os professores consideram “formação de mão de obra barata” a conexão entre os temas ensinados em sala de aula e a realidade, péssimo para o Rio Grande do Sul. Pior ainda se estão se manifestando contra a educação profissional integrada ao Ensino Médio, outra opção a ser oferecida em algumas escolas. Os professores deveriam ser os primeiros a se preocupar em dar sentido ao que se ensina aos alunos. Ter consciência de que, em língua portuguesa, não adianta forçar os alunos a decorar regras gramaticais, se não souberem aplicá-la na hora de redigir um requerimento, uma carta comercial ou a conclusão de um seminário sobre aquecimento global.
Têm razão os professores que cobram mais clareza da SEC e reclamam do pouco tempo para a adaptação, da falta de estrutura, da dificuldade para a realização de atividades extraclasse. Inadmissível é não reconhecer que algo precisa ser feito para tornar a escola mais interessante e, assim, reduzir a evasão e a repetência.
Se a reação é à educação profissional integrada ao Ensino Médio, pior ainda. Porque significa rejeitar a possibilidade de jovens de 17 anos saírem da escola em condições de disputar uma vaga no mercado de trabalho e, com o salário, continuar os estudos. Hoje, o Rio Grande do Sul tem mais de 30 mil vagas em aberto, por falta de candidatos qualificados. Será melhor preparar técnicos de nível médio ou continuar formando estudantes que nem conseguem disputar uma vaga nas melhores universidades, nem têm preparação para buscar um emprego digno?
Se os professores consideram “formação de mão de obra barata” a conexão entre os temas ensinados em sala de aula e a realidade, péssimo para o Rio Grande do Sul. Pior ainda se estão se manifestando contra a educação profissional integrada ao Ensino Médio, outra opção a ser oferecida em algumas escolas. Os professores deveriam ser os primeiros a se preocupar em dar sentido ao que se ensina aos alunos. Ter consciência de que, em língua portuguesa, não adianta forçar os alunos a decorar regras gramaticais, se não souberem aplicá-la na hora de redigir um requerimento, uma carta comercial ou a conclusão de um seminário sobre aquecimento global.
Têm razão os professores que cobram mais clareza da SEC e reclamam do pouco tempo para a adaptação, da falta de estrutura, da dificuldade para a realização de atividades extraclasse. Inadmissível é não reconhecer que algo precisa ser feito para tornar a escola mais interessante e, assim, reduzir a evasão e a repetência.
Se a reação é à educação profissional integrada ao Ensino Médio, pior ainda. Porque significa rejeitar a possibilidade de jovens de 17 anos saírem da escola em condições de disputar uma vaga no mercado de trabalho e, com o salário, continuar os estudos. Hoje, o Rio Grande do Sul tem mais de 30 mil vagas em aberto, por falta de candidatos qualificados. Será melhor preparar técnicos de nível médio ou continuar formando estudantes que nem conseguem disputar uma vaga nas melhores universidades, nem têm preparação para buscar um emprego digno?
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