Como diz Rosane de Oliveira, só os muito ingênuos podem acreditar que o custo da meia-entrada será assimilado pelos produtores de espetáculos, pelos exibidores de filmes ou pelos clubes de futebol. A leia da meia-entrada apenas encarecerá as atividades cultural para os que pagam a conta (30 a 59 anos). Essa lei mais um vez vai ao encontro daquilo que é características desse governo: Estado dos gugu dadá, onde as pessoas não sabem se defender, e que nego véio de barba na cara de 29 anos pode usar fraldão.
Lamentável!
Quem banca a meia-entrada?
Para quem estuda e tem menos de 29 anos, a ideia de pagar meia entrada no cinema, no teatro, nos jogos de futebol ou em qualquer espetáculo não poderia ser mais simpática. O problema que não existe almoço grátis, nem meia entrada sem custo. O que a deputada Manuela DÁvila, relatora do projeto, e os entusiastas do Estatuto da Juventude não pensaram foi que alguém vai pagar a conta: serão os espectadores mais velhos, ricos e pobres, que bancarão o benefício aos jovens, mesmo que sejam ricos, tenham carro do ano ou ganhem bolsas de estudo custeadas com dinheiro público.
Se o projeto aprovado na Câmara passar pelo Senado e for sancionado, esse mesmo consumidor – com idade entre 30 e 59 anos –, que subsidia a meia-entrada garantida no Estatuto do Idoso, agora terá de contribuir também para a diversão dos jovens. Só os muito ingênuos podem acreditar que o custo da meia-entrada será assimilado pelos produtores de espetáculos, pelos exibidores de filmes ou pelos clubes de futebol.
A preocupação do governo é com a Copa de 2014 e com as exigências da Fifa, que não quer saber de ingresso com desconto de 50% nos jogos, mas deveria ser com os cidadãos da classe média, que pagarão mais para ter cultura e lazer. Ou que terão de reduzir a frequência ao cinema, ao teatro e às competições esportivas porque o ingresso majorado passou a pesar mais no seu orçamento.
O raciocínio aplicado aos espetáculos é o mesmo que vale para as passagens subsidiadas de ônibus: o desconto dado a estudantes e a isenção a idosos e outros beneficiados pesa – e muito – no cálculo da tarifa. O trabalhador desempregado que cruza a cidade de ônibus em busca de uma vaga também subsidia a meia- passagem do estudante de classe média ou alta e a isenção dos idosos que precisam e dos que não precisam.
Se o projeto aprovado na Câmara passar pelo Senado e for sancionado, esse mesmo consumidor – com idade entre 30 e 59 anos –, que subsidia a meia-entrada garantida no Estatuto do Idoso, agora terá de contribuir também para a diversão dos jovens. Só os muito ingênuos podem acreditar que o custo da meia-entrada será assimilado pelos produtores de espetáculos, pelos exibidores de filmes ou pelos clubes de futebol.
A preocupação do governo é com a Copa de 2014 e com as exigências da Fifa, que não quer saber de ingresso com desconto de 50% nos jogos, mas deveria ser com os cidadãos da classe média, que pagarão mais para ter cultura e lazer. Ou que terão de reduzir a frequência ao cinema, ao teatro e às competições esportivas porque o ingresso majorado passou a pesar mais no seu orçamento.
O raciocínio aplicado aos espetáculos é o mesmo que vale para as passagens subsidiadas de ônibus: o desconto dado a estudantes e a isenção a idosos e outros beneficiados pesa – e muito – no cálculo da tarifa. O trabalhador desempregado que cruza a cidade de ônibus em busca de uma vaga também subsidia a meia- passagem do estudante de classe média ou alta e a isenção dos idosos que precisam e dos que não precisam.
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