Achar-se importante
É fácil ser jornalista. Trata-se de uma profissão que não exige nenhum cabedal de conhecimentos técnicos específicos. Um pedreiro, por exemplo, precisa de mais treinamento e especialização do que um jornalista.
Mas isso não diminui o jornalismo. Até porque a maioria das profissões é bastante simples. Qualquer um, dispondo de alguns conhecimentos básicos, pode ser jornalista, assim como qualquer um, dispondo de alguns conhecimentos básicos, pode ser publicitário, empresário, político, contabilista, professor, administrador, e por aí vai.
Que profissões exigem saber técnico e profundo? Não muitas: médico, advogado, engenheiro, dentista...
Ser jornalista “famoso” ou popular em qualquer âmbito também é fácil. Basta ser conclusivo. Qualquer obviedade, dita com ênfase, parece importante. Você critica alguém e parece que você é corajoso, quando, às vezes, é o contrário disso; é um prevalecido.
Mas o jornalista está sempre correndo o risco de se achar grande coisa por ser jornalista. Normal: além de desfrutar uma popularidade que lhe é conferida mais pelo meio que ocupa do que pelos méritos que tem, o jornalista convive com pessoas realmente importantes, e volta e meia é bajulado por elas.
Na verdade, o jornalismo é quase sempre superficial. Até porque, quase sempre, o jornalismo trata de temas superficiais. Mesmo a economia e a política, que aparentemente são temas “mais sérios”, beiram a superficialidade de assuntos como esporte ou música popular.
Nada disso significa, no entanto, que não existam pessoas inteligentes, cultas e bem preparadas exercendo o jornalismo. Em geral, o jornalista que se gaba do seu sucesso jornalístico é nada mais do que risível, mas há jornalistas admiráveis, assim como há publicitários admiráveis, empresários admiráveis, políticos admiráveis etc.
O que quero dizer é que a chamada “mídia” é superestimada. Quero dizer que a mídia não baliza a sociedade, que os jornalistas, salvo exceções, não são protagonistas da sociedade e que há diversas instâncias da sociedade que funcionam muito bem, mesmo estando ao largo de tudo o que se passa na imprensa e adjacências. As pessoas podem viver suas vidas tranquilamente sem beber nas águas da mídia.
Porém...
Porém, a liberdade de imprensa é, sim, um dos ingredientes do cimento da democracia. Por isso, tentativas de exercer sobre a imprensa algum controle que esteja fora da ação da Justiça são sempre sabotadoras da democracia. No que o PT é recorrente. Volta e meia pauta suas discussões internas pela ânsia de controlar a imprensa. Agora mesmo, os petistas voltaram a esse tema com empenho de Mussolinis e o estão debatendo em suas entranhas. Um vezo autoritário do partido. Que até já foi mais grave. Mas que está sempre lá.
Mas isso não diminui o jornalismo. Até porque a maioria das profissões é bastante simples. Qualquer um, dispondo de alguns conhecimentos básicos, pode ser jornalista, assim como qualquer um, dispondo de alguns conhecimentos básicos, pode ser publicitário, empresário, político, contabilista, professor, administrador, e por aí vai.
Que profissões exigem saber técnico e profundo? Não muitas: médico, advogado, engenheiro, dentista...
Ser jornalista “famoso” ou popular em qualquer âmbito também é fácil. Basta ser conclusivo. Qualquer obviedade, dita com ênfase, parece importante. Você critica alguém e parece que você é corajoso, quando, às vezes, é o contrário disso; é um prevalecido.
Mas o jornalista está sempre correndo o risco de se achar grande coisa por ser jornalista. Normal: além de desfrutar uma popularidade que lhe é conferida mais pelo meio que ocupa do que pelos méritos que tem, o jornalista convive com pessoas realmente importantes, e volta e meia é bajulado por elas.
Na verdade, o jornalismo é quase sempre superficial. Até porque, quase sempre, o jornalismo trata de temas superficiais. Mesmo a economia e a política, que aparentemente são temas “mais sérios”, beiram a superficialidade de assuntos como esporte ou música popular.
Nada disso significa, no entanto, que não existam pessoas inteligentes, cultas e bem preparadas exercendo o jornalismo. Em geral, o jornalista que se gaba do seu sucesso jornalístico é nada mais do que risível, mas há jornalistas admiráveis, assim como há publicitários admiráveis, empresários admiráveis, políticos admiráveis etc.
O que quero dizer é que a chamada “mídia” é superestimada. Quero dizer que a mídia não baliza a sociedade, que os jornalistas, salvo exceções, não são protagonistas da sociedade e que há diversas instâncias da sociedade que funcionam muito bem, mesmo estando ao largo de tudo o que se passa na imprensa e adjacências. As pessoas podem viver suas vidas tranquilamente sem beber nas águas da mídia.
Porém...
Porém, a liberdade de imprensa é, sim, um dos ingredientes do cimento da democracia. Por isso, tentativas de exercer sobre a imprensa algum controle que esteja fora da ação da Justiça são sempre sabotadoras da democracia. No que o PT é recorrente. Volta e meia pauta suas discussões internas pela ânsia de controlar a imprensa. Agora mesmo, os petistas voltaram a esse tema com empenho de Mussolinis e o estão debatendo em suas entranhas. Um vezo autoritário do partido. Que até já foi mais grave. Mas que está sempre lá.
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