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Mostrando postagens de novembro, 2011

Eis um boa definição do governo Lula

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Filósofo Alain de Botton, em entrevista a Folha. Falou sobre várias coisas, vale a pena ler toda a entrevista . Me chamou atenção a resposta dele sobre o Governo Lula; Qual sua impressão do governo Lula? Ele deu muita sorte em diversos pontos, pegou a alta do preço das commodities, seu antecessor havia estabilizado as coisas e feito boa parte do trabalho difícil, ele herdou um bom cenário. Mas fez algumas coisas básicas em termos de redistribuição [de renda] que assustavam a elite. Ele provou que a redistribuição não era um desastre, os ricos têm dinheiro suficiente, é possível tirar um pouco deles para ajudar a sociedade como um todo. O que o Brasil precisa agora é educar adequadamente sua população, acabar com a corrupção para que o dinheiro vá para onde é necessário, criar um sistema de impostos mais justo e eficiente e uma infraestrutura melhor. Uma vez que isso comece a ser feito, e já está começando, o resto virá. Nunca tinha visto um conceito tão alinhado com aquilo que pen...

Empreendedorismo na veia das igrejas americanas! Senhor, não remova esta montanha. Dê-me forças para subi-la

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Estou já faz algum tempo querendo escrever sobre uma cena do filme À Procura da Felicidade. Como nessa semana revi o filme, me motivei a procurá-la no Youtube.  A cena que me refiro é a parte onde o Chris Gardner, personagem que Will Smith interpreta, vai com seu filho à igreja. Obviamente que meu olhar sobre cena não é religioso, mas sim sobre o legitimo sentimento empreendedor dos americanos. Veja que até a Igreja "vende" a ideia de que devemos lutar, sem desanimar, em busca daquilo que queremos.  Esse pensamento é o oposto do que muitas vezes vemos no Brasil. Em qual lugar por aqui ouvimos:  não remova esta montanha.  Dê-me forças para subi-la .   O que vemos no Brasil é uma população "cheia de direitos" e vitimizada. A cultura da nossa sociedade, infelizmente, é mais ou menos assim: Se está ruim, a culpa de alguém, menos minha. Esse alguém pode ser o pai, a mãe, a família, a genética, Deus, o Estado, a escola, etc. "O Estado tem cu...

Ricos e infantis

"O pensamento paternalista e securitário não perde tempo com a lógica" Excelente artigo de  JOÃO PEREIRA COUTINHO na Folha de SP! Uma das vantagens de viver na Europa é que existem dias em que não sabemos se estamos a sonhar ou acordados. Aconteceu hoje, com o café da manhã: passando os olhos pela imprensa espanhola, descubro que a Direção Geral de Tráfego do país impôs uma multa pesada (30 mil euros) sobre a produtora cinematográfica Tripictures. Motivo da sanção? É difícil explicá-lo sem correr o risco de o leitor pensar que eu enlouqueci de vez. Mas avanço na mesma: a produtora, responsável pelo filme "Larry Crowne" (uma comédia romântica e medíocre com os insuportáveis Tom Hanks e Julia Roberts), faz a publicidade do filme com uma foto dos dois protagonistas em cima de uma moto. E, horror dos horrores, sem capacete! A imagem é intolerável para as autoridades espanholas, e o código de trânsito é claríssimo em seu artigo 52: toda a publicidade fílmica ...

Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa. Nem mesmo eu!

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O filme a À PROCURA DA FELICIDADE é simplesmente fodástico. Repleto de lições de vida. Veja essa cena! "Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa. Nem mesmo eu!"

Coitado dos fumantes! A ofensiva politicamente correta contra o cigarro deve matar mais fumantes que o próprio cigarro.

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A mais nova ofensiva do Governo contra o cigarro escancara, mais uma vez, seu viés autoritário. A saga da turma para "construir um novo homem" não descansa. Eles realmente acreditam que podem tudo, inclusive entrar em locais privados e dizer como você deve se comportar. Isso é lamentável, por mais benevolente que a ação possa parecer! Se você chegou até aqui, quero deixar claro que eu não fumo. Não fumo e não gostaria que as pessoas fumassem porque estou relativamente informado do mal que o cigarro faz. Mas minha vontade não pode sobrepor a vontade do outro, não é mesmo! Nem mesmo quando se trata da relação Estado X Indivíduo. Acho sim que o estado ou a mídia pode informar, promover campanhas, etc., mas proibir não. A questão toda aqui é: Até quando abriremos mão da nossa liberdade? Para não me alongar, digo o seguinte:  Gordura mata, mas Mcdonalds e companhia está vendendo e fazendo propaganda a vontade; Carro em alta velocidade mata, mas todas as mon...

Os verdadeiros números sobre Belo Monte

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Vídeo "chato", ninguém retira o sutiã, mas vale a pena!

Não pode haver poder mais discricionário e asqueroso do que o das vítimas se transformado em categoria de pensamento

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Esse é daqueles artigos que merece ser registrado! Por Reinaldo Azevedo Meus heróis não morreram de overdose. Alguns dos meus amigos de infância é que morreram no narcotráfico! E foi uma escolha! Este será um texto difícil, leitores! Avançarei por um trilho que sempre evitei porque tenho tal horror à demagogia que o risco remoto de que nela pudesse resvalar sempre me impediu de continuar. Mas chega a hora, como disse o poeta, em que os bares se fecham. E então restamos com nossas verdades. E elas precisam ser não exatamente  a nunciadas, mas  e nunciadas. Chegou a hora de vocês saberem um pouco mais deste escriba. Mas vamos devagar nesta longa viagem noite adentro. Enganam-se aqueles que supõem que tenho debatido, nestes dias, a formação de chapas para disputar o DCE da USP, da Unirio ou da UFPR. A questão, entendo, é bem mais ampla: trato aqui de regras de civilidade, da democracia e do estado de direito. Espanta-me que seja justamente nas universidades — em partic...

EMPREGUISMO EXPLÍCITO. Ou: Como são atraentes as tetinhas do Estado

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Um parlamentar do Distrito Federal trava uma luta solitária no Congresso para reduzir o excesso de cargos comissionados na máquina pública. Em entrevista publicada na mais recente edição da revista Veja, o deputado José Antonio Reguffe (PDT-DF) divulgou informações que recebeu do Ministério do Planejamento sobre o loteamento da máquina pública por servidores em cargos de confiança. São, segundo o próprio governo federal, 23.579 funcionários nomeados sem a necessidade de concurso público, muitos dos quais sem qualquer habilitação para ocupar o posto e escolhidos fundamentalmente por apadrinhamento político. Por isso, a cruzada do deputado pedetista deveria se transformar numa bandeira de políticos preocupados com a ética e motivar a presidente Dilma Rousseff a corrigir essa deformação na reforma política. A comparação com outros países é vexatória para o Brasil, e o excesso de servidores nessa condição, sem uma avaliação por mérito para ingresso e sem um compromisso maior com a máq...

Eu não sei bem se ta perto, mas se um dia der certo, foi de tanto tentar..

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"Eu trabalhei um bocado, Ainda não deu resultado, eu sei... Eu não sei bem se ta perto, mas se um dia der certo,  Foi de tanto tentar.." Ouvi essa música hoje no rádio e, embora não goste de reggae, a letra me chamou atenção. Fica ai um mensagem bacana de vida, para aqueles que adoram se "vitimizar", chorar e não lutar pelo seus sonhos..  Enxuga esse rosto, levanta a cabeça e volte a lutar...

Se os professores consideram “formação de mão de obra barata” a conexão entre os temas ensinados em sala de aula e a realidade, péssimo para o RS

Mão de obra barata (Rosane de Oliveira) No discurso dos professores que rejeitam as mudanças no Ensino Médio propostas pelo governo do Estado, uma acusação tem sido recorrente: a de que as alterações têm por objetivo fornecer mão de obra barata para as empresas. Trata-se de uma simplificação que não se sustenta na realidade e que deve ser debitada não apenas ao clima belicoso entre o Cpers e o governo, mas à falha na comunicação em relação às mudanças. O uso da expressão politécnico para o Ensino Médio preparatório ao Enem e ao vestibular contribui para a confusão generalizada entre os professores. Se os professores consideram “formação de mão de obra barata” a conexão entre os temas ensinados em sala de aula e a realidade, péssimo para o Rio Grande do Sul. Pior ainda se estão se manifestando contra a educação profissional integrada ao Ensino Médio, outra opção a ser oferecida em algumas escolas. Os professores deveriam ser os primeiros a se preocupar em dar sentido ao que se ensin...

O erro de Foucault

As ciências humanas (das quais faço parte) se caracterizam por sua quase inutilidade prática e, portanto, quase impossibilidade de verificação de resultados. ( Pondé) Você sabia que o pensador da nova esquerda Michel Foucault foi um forte simpatizante da revolução fanática iraniana de 1979? Sim, foi sim, apesar de seu séquito na academia gostar de esconder esse “erro de Foucault” a sete chaves. Fico impressionado quando intelectuais defendem o Irã dizendo que o Estado xiita não é um horror. O guru Foucault ainda teve a desculpa de que, quando teve seu “orgasmo xiita”, após suas visitas ao Irã por duas vezes em 1978, e ao aiatolá Khomeini exilado em Paris também em 1978, ainda não dava tempo para ver no que ia dar aquilo. Desculpa esfarrapada de qualquer jeito. Como o “gênio” contra os “aparelhos da repressão” não sentiu o cheiro de carne queimada no Irã de então? Acho que ele errou porque no fundo amava o “Eros xiita”. Mas como bem disse meu colega J. P. Coutinho em sua ...