Sem comentários, simplesmente perfeito!Artigo extraído do blog de Rodrigo Constantino
“Se
alguns homens têm por direito os produtos do trabalho de outros, isso significa
que esses outros estão desprovidos de direitos e condenados ao trabalho
escravo.” (Ayn Rand)
Mataram a meritocracia. Assassinaram o individualismo. Vivemos em tempos de grave corrosão moral da sociedade. São anos e anos de pregação coletivista, colocando o vago “bem comum” acima das realizações individuais. A lavagem cerebral faz com que condenem o sucesso alheio, a obra de indivíduos realmente capazes, que possibilitam um mundo melhor para a humanidade. Os empresários, os inventores, os empreendedores - todos esses passam a ser vistos como “egoístas” gananciosos, enquanto políticos e burocratas posam de nobres altruístas. Sempre com o esforço alheio, claro. Vivemos uma completa inversão de valores.
Tamanha poluição moral faz com que os benefícios da trajetória política compensem, enquanto que os riscos da iniciativa privada acabam inibindo o espírito empreendedor. Tantos privilégios, tantas regalias pavimentam uma estrada podre, onde a via política é mais atraente que a via econômica, das trocas voluntárias no livre mercado. Os agentes do setor privado são transformados em escravos, hospedeiros que entregam quase metade do que ganham para o governo e ainda são reféns da poderosa burocracia. Ser parasita rende bons frutos aqui. Muitos passam a desejar o carimbo do poder, o controle sobre os que realmente produzem e criam riquezas.
Quais os exemplos de heróis da juventude? Seria um Michael Dell, sujeito que do nada construiu um império por ter oferecido valor aos seus consumidores? Seria Sam Walton, que veio da miséria para criar a maior varejista do mundo, que emprega mais de um milhão de pessoas? Ou seria Che Guevara, um guerrilheiro assassino que só fez destruir coisas em sua vida?
Quando penso nesse desvirtuamento total, me vem à cabeça a figura de um Lindberg Farias. Não é nada pessoal. Ele apenas representa um símbolo dessa completa decadência moral. A trajetória do atual prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, demonstra bem o que quero dizer. Cursou direito em Brasília e na PUC carioca, faculdade para poucos do ponto de vista financeiro. Não completou nenhum dos dois cursos. Diferente de Dell, entretanto, não saiu para empreender e criar algo de valor para os consumidores, mas sim para incitar greves e pregar bravatas. Foi presidente da UNE, movimento formado basicamente por estudantes baderneiros, muitos admiradores do regime assassino comunista. Virou líder popular ao comandar os ‘cara-pintadas’ no processo de impeachment de Collor. Depois foi eleito deputado federal, transitando entre partidos como o PCdoB, PSTU e PT. Algo que vai do sonho soviético até o “mensalão”. Finalmente, chegou à prefeitura de Nova Iguaçu pelo PT, recebendo um bom salário e desfrutando de todas as vantagens que os políticos costumam se auto-conceder. Vive no conforto, pregando contra o conforto dos outros.
Qual a mensagem que sua história passa para os mais jovens? Defronte a duas opções, entre trabalhar duro, estudar muito, assumir riscos e disputar vagas no mercado competitivo, ou pintar a cara, gritar chavões sensacionalistas, distribuir panfletos comunistas, incitar greves e jogar pedras em engravatados, os jovens acabam tendo como exemplo de sucesso o segundo caminho. A própria sociedade enaltece a figura do jovem político que luta pela “justiça social”, enquanto chama o empresário de explorador. Mesmo que no combate contra a “desigualdade” este político aumente ainda mais a desigualdade, com seus elevados salários extraídos na marra dos pagadores de impostos, enquanto que os empresários ganham apenas quando satisfazem seus consumidores. Brasília tem, de longe, a maior renda per capita do país. Graças ao combate dos políticos contra a desigualdade.
Essa depravação de valores se alastra para todos os setores. Em vez de trabalhar duro, tentar aprender novas técnicas e aumentar sua produtividade, o “lavrador” se associa ao criminoso MST, invade algumas terras produtivas, acaba com um laboratório de pesquisas e ainda recebe infindáveis verbas do próprio governo, que deveria prender tais bandidos. O crime compensa. A baderna rende frutos no país sem lei e deturpado moralmente.
As coisas começarão a melhorar quando as pessoas entenderem que o indivíduo é um fim em si, não algo sacrificável pelo “bem coletivo”. Quando aceitarem que indivíduos que criam riqueza no livre mercado merecem respeito e admiração, não o seqüestro de seus bens em nome da “igualdade”. Quando os heróis da juventude forem pessoas como Dell ou Sam Walton, não Che Guevara ou Lindberg Farias. Somente assim os indivíduos empreendedores estarão livres para criar riquezas, gerar prosperidade, sem o peso excessivo de tantos parasitas, cuja existência é possível pela enorme decadência moral da sociedade.
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