União pretende segurar novas despesas em R$ 10 bilhões para pressionar BC e tentar segurar inflação no caso de retração externa
Diante da possibilidade de recessão nos EUA e na Europa, o governo decidiu aproveitar o aumento da arrecadação no ano para prometer uma meta de gastos mais apertada. A estratégia é segurar R$ 10 bilhões extras que deverão entrar nos cofres do Tesouro.
Abrir espaço para o Banco Central (BC) reduzir os juros básicos da economia é a finalidade da medida. Na avaliação do governo, a redução do juro seria a principal ferramenta de estímulo à atividade econômica em caso de retração no Exterior. Países importadores poderiam comprar menos do Brasil, o que acabaria prejudicando a indústria nacional.
A medida chega um dia antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciar a tradicional reunião para definir o futuro da taxa básica de juro, atualmente em 12,5% ao ano. Segundo economistas, a Selic deverá ser mantida, mas já existem algumas apostas de redução no encontro de outubro.
Com o ajuste da proposta anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo central (formado por Tesouro, Previdência e Banco Central) deverá economizar este ano R$ 91 bilhões em vez de R$ 81 bilhões. O superávit primário é a economia que deve ser feita pela União antes do pagamento dos juros das dívidas públicas.
Classificada como preventiva pelo ministro Mantega, a estratégia do governo também é permitir que o BC interrompa a trajetória ascendente na taxa de juro básica, a Selic, em alta desde janeiro para combater a inflação. A política monetária é importante para enfrentar uma eventual desaceleração na atividade produtiva, resultante do cenário mundial.
– Não queremos ter aquele mergulho que tivemos em 2008 durante três meses (de setembro a dezembro). Se houver alguma deterioração, o BC terá mais liberdade para tomar medidas e enfrentar uma eventual desaceleração – assegurou Mantega.
O professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, disse que a nova meta está adequada ao cenário econômico atual e, se for contínua, pode ajudar a conter a taxa de juro. Segundo Leite, o corte orçamentário feito em fevereiro organizou a situação fiscal:
– Nosso problema é o juro alto. Qualquer aumento na despesa pública causa um efeito grande sobre a capacidade de financiamento do Estado.
Sinais de queda na atividade econômica preocupam o governo: a projeção de analistas financeiros para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu pela quarta semana seguida, passando de 3,84% para 3,79%.
Na avaliação dos economistas José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, e Fernando Montero, da Corretora Convenção, a elevação da meta do superávit primário não será suficiente para convencer o BC a cortar o juro na reunião que termina amanhã.
Abrir espaço para o Banco Central (BC) reduzir os juros básicos da economia é a finalidade da medida. Na avaliação do governo, a redução do juro seria a principal ferramenta de estímulo à atividade econômica em caso de retração no Exterior. Países importadores poderiam comprar menos do Brasil, o que acabaria prejudicando a indústria nacional.
A medida chega um dia antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciar a tradicional reunião para definir o futuro da taxa básica de juro, atualmente em 12,5% ao ano. Segundo economistas, a Selic deverá ser mantida, mas já existem algumas apostas de redução no encontro de outubro.
Com o ajuste da proposta anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo central (formado por Tesouro, Previdência e Banco Central) deverá economizar este ano R$ 91 bilhões em vez de R$ 81 bilhões. O superávit primário é a economia que deve ser feita pela União antes do pagamento dos juros das dívidas públicas.
Classificada como preventiva pelo ministro Mantega, a estratégia do governo também é permitir que o BC interrompa a trajetória ascendente na taxa de juro básica, a Selic, em alta desde janeiro para combater a inflação. A política monetária é importante para enfrentar uma eventual desaceleração na atividade produtiva, resultante do cenário mundial.
– Não queremos ter aquele mergulho que tivemos em 2008 durante três meses (de setembro a dezembro). Se houver alguma deterioração, o BC terá mais liberdade para tomar medidas e enfrentar uma eventual desaceleração – assegurou Mantega.
O professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, disse que a nova meta está adequada ao cenário econômico atual e, se for contínua, pode ajudar a conter a taxa de juro. Segundo Leite, o corte orçamentário feito em fevereiro organizou a situação fiscal:
– Nosso problema é o juro alto. Qualquer aumento na despesa pública causa um efeito grande sobre a capacidade de financiamento do Estado.
Sinais de queda na atividade econômica preocupam o governo: a projeção de analistas financeiros para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu pela quarta semana seguida, passando de 3,84% para 3,79%.
Na avaliação dos economistas José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, e Fernando Montero, da Corretora Convenção, a elevação da meta do superávit primário não será suficiente para convencer o BC a cortar o juro na reunião que termina amanhã.
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