O primeiro passo para projetarmos o futuro que queremos com precisão é conhecer o nosso ponto de partida. Brasil, abril de 2012. Que país é este? Alguns índices aproximados chamam bastante atenção do país que tem em sua bandeira como lema nacional “Ordem e Progresso”. Trata-se da sexta economia do mundo. No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), está ranqueado na posição 84. No item qualidade da infraestrutura, posição 104. No que tange à educação, prioridade para qualquer país que pretende alavancar a sua nação, já que é capaz de influenciar positivamente a todos os outros aspectos de um sistema político econômico e social, o que temos? Somos o 115º colocado na qualidade do sistema educacional. Impossível não mencionar o tema que nos deprime e nos tira um pouco de energia todos os dias com novidades na mídia: a corrupção. Estamos na posição 73 no índice de percepção da corrupção e isso nos custa aproximadamente R$ 82 bilhões por ano. Para finalizar essa breve apresentação deste país chamado Brasil: temos 16 milhões de pessoas na miséria.
Esta é a nossa realidade. Nossos planos? Para os próximos quatro anos, vale citar um “só”: gastar R$ 70 bilhões com eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Literalmente, planejamento não é a nossa palavra de ordem.
Quando é que vamos fazer valer, na prática, o conceito de insanidade que Einstein nos ensinou? “Insanidade é fazer as mesmas coisas, esperando resultados diferentes”. Temos muito capital humano qualificado no Brasil capaz de fazer coisas diferentes para que tenhamos resultados diferentes. Afinal, temos a maior taxa de empreendedorismo entre as 20 nações mais ricas do planeta, e em contrapartida, um dos piores ambientes no mundo pra fazer negócio. Leia-se: guerreiro esse povo é. Mas ainda nos faltam grandes doses de atitude. Atitude de stakeholder desta empresa chamada Brasil. Aqui cabe parafrasear Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. É por isso que o título desta 25ª edição do Fórum da Liberdade é propositivo e toca a todos nós. Tem que tocar. Ou siga confortável no papel de vítima, de fantoche.
Um dos maiores gurus da administração a nível mundial, Peter Drucker, é autor de uma frase bastante pertinente à temática deste Fórum: “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes”. O que queremos e temos que decidir hoje para desfrutar em 2037? Qual será o seu Brasil? Traga suas ideias.
por Carolina Fuhrmeister (DIRETORA DO FÓRUM DA LIBERDADE)
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