Leia o artigo abaixo, caro leitor. É sobre o mantra desse pensamento
esquerdista tolo que vivemos dias inglórios. Com a justificativa da
falta de acesso a educação, de uma família organizada, de boas
condições de vida estamos transformando vítimas em vilãs e vagabundos em
coitadinhos.
O bonde do foucault está pegando geral.
O bonde do foucault está pegando geral.
Imagina se o caso da senhora de 87 anos
que matou o ladrão que invadiu sua casa (ele só fez isso porque é pobre,
entendeu?), caísse na mão desta juíza. O que teríamos? Idosa na
cadeia certamente!
Digo sempre por aqui. Pobreza
não tira de ninguém o senso de justiça. Invadiu a casa porque quis e sabia
muito bem o que estava fazendo.
O que esperar de uma pessoa que tem sua casa invadida? Oferecer bolinho
e cafezinho preto ao coitado que não teve oportunidade de trabalho?
Lamentável senhora Jocelaine Teixeira!
Matar não é um ato de heroísmo
Por Jocelaine Teixeira (Juiza de Direito)
As notícias de que uma idosa de 87 anos baleou e matou um ladrão
despertaram aplausos. O indiciamento dela pela Polícia Civil gerou reclamações
inflamadas contra os órgãos do Estado e tantas outras manifestações de
prestígio à conduta da anciã.
Não pretendo avaliar juridicamente o caso. O que me instiga é o
lado humano posto em debate. Imagino o quão mal a idosa sinta-se com o ocorrido
e sou solidária a ela. Chocam-me, no entanto, as avaliações de que matar um
ladrão é uma bravura. Intrigam-me também as motivações das inflamadas críticas
à apuração dos fatos.
Isso porque, no Estado social de direito ou em qualquer
comunidade humana, matar alguém pode ser uma atitude de desespero, mas não é um
ato heroico, e deve ser apurado. Cabe, pois, ao Estado dispensar ao caso adequado
tratamento jurídico, de modo fundamentado, como é próprio das conclusões do
inquérito policial, da avaliação do promotor de Justiça e das decisões
judiciais.
Retorno, no entanto, aos questionamentos pela visão humanística.
A falta de segurança que nos aflige; contudo, o coletivo regozijo com a morte
de um ladrão, como se assim estivéssemos reduzindo a violência, pavimentando um
futuro melhor para as próximas gerações, ou fazendo uma limpeza dos maus para o
triunfo dos bons, a exemplo do que fez Hitler, é tão mais grave e perigoso, é
antidemocrático e descivilizado.
O ladrão era uma pessoa (sim, um ser humano) possivelmente
privada de acesso à formação sociocultural e de amparo familiar, com vários
registros policiais e usuário de crack. É um daqueles que nos faz fechar os
vidros dos carros, de quem, todos, inclusive o Estado, se afastou. Digo isso,
não por saber quem foi o morto, mas apenas com base na experiência da
jurisdição criminal, porque esse é o perfil prevalente dos réus em ações penais
e na população carcerária do Estado.
Seria, na minha avaliação, salutar, a partir do desventurado episódio, questionar-se sobre o valor da vida e sobre a importância do acesso à educação de razoável qualidade, à alimentação, a oportunidades de trabalho, à cultura, ao lazer, do desenvolvimento da criança e do adolescente em ambiente familiar permeado pelo afeto, e de o Estado ser capaz (financeiramente e no âmbito de sua gestão) de, em parceria com o setor privado, suprir essas demandas sociais. Ao contrário disso, sobressaltam-se as comemorações da morte de um pobre ladrão, como se matá-lo fosse uma vingança coletiva e quem materializou esse desejo tivesse cometido um ato de heroísmo.
Seria, na minha avaliação, salutar, a partir do desventurado episódio, questionar-se sobre o valor da vida e sobre a importância do acesso à educação de razoável qualidade, à alimentação, a oportunidades de trabalho, à cultura, ao lazer, do desenvolvimento da criança e do adolescente em ambiente familiar permeado pelo afeto, e de o Estado ser capaz (financeiramente e no âmbito de sua gestão) de, em parceria com o setor privado, suprir essas demandas sociais. Ao contrário disso, sobressaltam-se as comemorações da morte de um pobre ladrão, como se matá-lo fosse uma vingança coletiva e quem materializou esse desejo tivesse cometido um ato de heroísmo.
Talves se fosse na residencia dela(juiza) ela serviria um banquete.
ResponderExcluirSe o Estado nao cumpre sua parte,a velhinha cumpriu a parte dela.Protegeu sua vida.Qualquer cidadão faria o mesmo.