Observando o panorama político e associativo no Brasil, nos últimos anos, acho que está se desenvolvendo, mas poucas pessoas percebem o processo, uma espécie de fascismo corporativo que não se distingue mais pelas camisas negras, botas e milícias armadas, mas pela existência de agências estatais superpoderosas que pretendem determinar como organizamos nossas vidas.
Receita e Anvisa, por exemplo, são dois orgaos essencialmente fascistas no comportamento, nas práticas, na vontade de seus dirigentes. Elas existem para servir ao Estado, não aos cidadãos. Para mim, isso é essencialmente fascismo. Esse fascismo invisivel, insidioso e progressivo vem sendo obviamente facilitado pela preeminência de um partido neobolchevique, que manipula organizações pretensamente sociais, movimentos "populares" e sobretudo sindicatos comprados com o dinheiro público, para impor uma transferência crescente de renda dos setores produtivos da sociedade para os mandarins do Estado, para as corporações organizadas e, com menor peso, para um exército de assistidos que se converteu em poderoso curral eleitoral desse partido proto-totalitário.
Posso estar errado, mas como costumo observar o processo histórico com lentes de longo alcance, é o que vejo no Brasil atualmente. Vai ser preciso uma fronda empresarial, ou uma revolução "burguesa", ou seja, iluminista e liberal, para reverter esse processo de crescente fascistização da vida social. Lamento ser portador de más notícias... (na verdade, um processo...).
Paulo Roberto de Almeida
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