terça-feira, 22 de maio de 2012

Sou "doente" mas sou feliz

Digo "sim" ao indivíduo; o PT é que diz "não". Digo "sim" à sociedade civil, livre, até onde for possível, da sombra do Estado; o PT é que diz "não". Digo "sim" à cultura capitalista; o PT é que diz "não". Digo "sim" à punição dos que transgridem as leis democráticas em nome de uma causa; o PT é que diz "não". Digo "sim" à profissionalização das carreiras públicas; o PT é que diz não. Digo "sim" à venda de estatais; o PT é que diz "não". 


A acusação de antipetismo vem sempre acompanhada de manifestações inequívocas de ódio e até da promessa de algum sopapo: 'Se te encontro na rua, seu careca cheio de tumores...'. A suposição subjacente é a de que, não fosse um estado mórbido, físico ou espiritual, eu estaria com eles. O dissenso é visto como uma invasão tumoral"

(..) Minha agenda não é negativa em relação a essa legenda, mas positiva na aceitação de alguns marcos que já tinham história quando o partido veio ao mundo. Digo "sim" à liberdade de imprensa; o PT é que diz "não". Digo "sim" ao indivíduo; o PT é que diz "não". Digo "sim" à sociedade civil, livre, até onde for possível, da sombra do Estado; o PT é que diz "não". Digo "sim" à cultura capitalista; o PT é que diz "não". Digo "sim" à punição dos que transgridem as leis democráticas em nome de uma causa; o PT é que diz "não". Digo "sim" à profissionalização das carreiras públicas; o PT é que diz não. Digo "sim" à venda de estatais; o PT é que diz "não". Digo "sim" (supremo pecado!) ao imperialismo americano. O PT é que prefere ser conduzido por fanáticos bolivianos. De fato, como se vê, não sou antipetista. O PT é que é antidemocrático e antiliberal e tenta, na prática, mudar a natureza das conquistas que, entendo, me fazem livre, nos fazem livres.(..)

(..)A mesma impostura que está dada, entendo, pela "estagnabilidade", que é como defino o modelo econômico petista: a soma de estabilidade com estagnação, caracterizada por baixo crescimento e assistencialismo agressivo, produzido à custa do esmagamento da classe média e de uma repulsa ao que a economia de mercado tem de mais virtuoso – a competição, o individualismo, o espírito empreendedor. O petismo transforma o brasileiro num subordinado mental do Estado, pouco importa sua classe social. O horizonte do partido não é mais uma sociedade sem classes, mas classes que não encontrem outra forma de representação política fora do partido.

Por Reinaldo Azevedo - Artigo na íntegra aqui

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