(..) andar em bando e ter um comportamento coletivo padronizado nos mantém unidos, mas não nos faz ir adiante. Na verdade cria um campo magnético social que nos mantém estagnados.
As pessoas dizem o que pensam. Mas fazem o que sentem.
E entre esses dois pontos existe anos-luz de distância, em caminhos que muitas vezes nunca se cruzam.
Somos mais Biológicos do que Lógicos.
Somos criaturas orientadas mais pelo hábito do que da razão.
Hábitos definidos ancestralmente pelo instinto biológico, pelo nosso drive animal. Muito mais poderosos do que nossas decisões definidas pelo raciocínio lógico.
Somos Gregários porque somos mamíferos, seres de sangue quente. Andar em bando, fazer parte de algo, ter contato físico, são necessidades biológicas anteriores ao conceito de socialização. É uma questão de sobrevivência. Apartar um mamífero de um grupo é condená-lo à morte.
Somos Normativos para manter a unidade do grupo é preciso que cada membro siga convenções de comportamento. Por isso nos vigiamos, nos imitamos, nos equalizamos.
Somos Hierárquicos para podermos evoluir.
Porque andar em bando e ter um comportamento coletivo padronizado nos mantém unidos, mas não nos faz ir adiante. Na verdade cria um campo magnético social que nos mantém estagnados.
Para evoluir é preciso a ruptura, a cisão dentro do grupo. E para isso, é preciso que alguém de um passo adiante na raça humana. Seja através de uma descoberta, uma nova ideia, uma revolução.
É daí que nascem os líderes, os inventores, os gênios, os pensadores. Pessoas que tomaram uma caminho solitário em busca do novo. Uma iniciativa isolada que, se bem sucedida, cria um novo parâmetro para o comportamento coletivo do resto do grupo.
E nós, por sermos naturalmente Hierárquicos, nos reagrupamos em torno dessa nova ideia, dessa nova direção, desse novo trecho da caminhada humana sobre a Terra.
Existe uma analogia perfeita e coincidentemente biológica para explicar a dinâmica da formação de novos comportamentos dentro de uma sociedade.
Uma nova ideia é como um pequeno grão de areia que se instala no tecido mole do interior de uma ostra. É a princípio um corpo estranho, uma inflamação, que a ostra identifica como objeto indesejado que deve ser estirpado do seu organismo.
Para isso, aciona seus sistemas de defesa e imunização, que recobrem esse corpo estranho, a fim de isolá-lo do resto do corpo. Ao envolver esse grão com várias camadas de madrepérola é que nasce a pérola.
E o que era a princípio um objeto indesejado é incorporado e se transforma na parte mais valiosa daquele organismo, aos olhos da evolução.
Uma nova ideia dentro de uma sociedade passa pelo mesmo processo.
A princípio é vista como algo indesejável, a ser estirpado, eliminado, esquecido.
É um pequeno corpo estranho, que automaticamente é atacado por sucessivas camadas de convenções sociais e ideias já sedimentadas.
Mas nesse processo a ideia resiste e as camadas, que vieram para eliminá-la, na verdade a tornam mais forte e se transformam em sua armadura reluzente, brilhando um novo tempo.
A nova ideia vence e se torna a parte mais valiosa daquela sociedade.
É o que faz aquele grupo dar um salto adiante e nunca mais ser o mesmo.
Somos naturalmente e biologicamente hierárquicos.
Sempre precisaremos de líderes, ideias e novos comportamentos para nos transformar, nos aperfeiçoar e seguir adiante.
Até a próxima estação da evolução.
Fonte: Blog do management
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