Me recuso a pedir desculpas pelo meu sucesso!

Gosto muito de postar aqui artigos bem escritos e destacar aquilo que neles, na minha opinião, têm de mais importante. Achei muito bom o artigo abaixo pois me fez lembrar o discurso do industrial Hank Rearden no livro A Revolta de Atlas perante um corte fajuta. Ele dizia algo mais ou menos assim: 
"Eu não sacrifico meu interesses pelos consumidores nem eles pelos meus. As trocas são voluntárias, por consentimento e vantagem mútua. Não obrigo ninguém a comprar de mim. Aliás se não querem que eu lucre, é bem simples de atingir isso, é só não comprar o meu produto. Não há motivos para pagar mais que os serviços dos trabalhadores valem ou vender os produtos abaixo do preço que os consumidores estão dispostos a pagar. Me nego me sentir culpado pelo fato de fazer isso e fazer melhor que os outros. Me recuso a pedir desculpas pelo meu sucesso. Eu poderia dizer que fiz e faço mais bem para os cidadãos do que vocês burocratas jamais sonhariam em fazer.. e por ai vai"
Segue o artigo:


A diferença entre genuínos capitalistas e progressistas
por , quinta-feira, 19 de maio de 2011 

riqueza.jpgA visão que os progressistas têm do governo é facilmente entendida e faz todo o sentido quando você finalmente entende como eles pensam, quais são os equívocos de suas ideias e quais são as pressuposições implícitas que elas têm a respeito da origem da renda. 
A visão dos progressistas ajuda a explicar as políticas que eles apóiam, tais como a redistribuição de renda, e a linguagem que eles utilizam, como suas inflamadas exortações para que os ricos "deem algo de volta" para a sociedade.

Em termos gerais, os progressistas entendem a economia de uma das duas maneiras a seguir:

1) Eles supõem que a verdadeira fonte de renda das pessoas é uma gigantesca pilha de dinheiro que, em teoria, deveria ser distribuída igualmente entre todas as pessoas da sociedade.  O motivo de algumas pessoas terem mais dinheiro que outras é simplesmente porque elas chegaram a essa pilha primeiro e gananciosamente pegaram uma fatia injustamente grande para elas.  Sendo esse o caso, a justiça requer que os ricos deem algo de volta; e se eles não fizerem isso voluntariamente, o governo deve confiscar seus ganhos ilicitamente adquiridos e restituí-los aos seus donos de direito.

2) A outra visão progressista, concorrente a essa, pressupõe que toda a renda é distribuída, como em uma política de distribuição de renda.  É como se houvesse um distribuidor de dinheiro.  O motivo de algumas pessoas terem mais dinheiro do que outras é porque o distribuidor de dinheiro é racista, machista, conservador ou um representante dos "grandes interesses do capital".  Nesse caso, a única coisa certa a ser feita com aqueles para quem o distribuidor de dinheiro injustamente deu muito dinheiro é obrigá-los a devolver a fatia ilícita de seus ganhos.  Se eles se recusarem a fazer isso voluntariamente, então é função do governo desencadear a fúria da Receita Federal sobre estes insensíveis, confiscando seus ganhos ilícitos para restituí-los aos seus donos de direito.  Em suma, deve haver uma redistribuição do dinheiro na sociedade — ou aquilo popularmente conhecido como 'redistribuição de renda'.

Já os sensatos e racionais reconhecem que, em uma sociedade livre, a renda não é nem confiscada nem redistribuída; em sua grande maioria, ela é obtida por meio do trabalho.  A renda é ganha quando um indivíduo satisfaz seus semelhantes.  Quanto maior a capacidade e aptidão de satisfazer seus semelhantes, maior a fatia de riqueza que este indivíduo pode adquirir deles.  Essa fatia de riqueza é representada pela quantidade de dinheiro que ele recebe de seus semelhantes.

Digamos que eu me ofereça para lavar o seu carro.  Por ter feito isso de maneira competente, você me paga $20.  Ato contínuo, eu vou a uma mercearia e peço "Dê-me 1kg de carne e seis latas de cerveja que meus semelhantes produziram".  Com efeito, o vendedor vai me perguntar, "Williams, você está pedindo aos seus semelhantes para que eles lhe sirvam.  Você por acaso os serviu também?" E eu respondo, "Sim."  E o vendedor emendará "Então prove!"

Nesse momento vou mostrar os $20 que obtive por ter servido meu semelhante.  Podemos pensar nesses $20 como "certificados de performance".  Eles representam a prova de que eu prestei serviços ao meu semelhante.  O raciocínio em absolutamente nada mudaria caso eu fosse, por exemplo, um ortopedista com uma enorme clientela, ganhando $500.000 por ano por ter prestado serviços aos meus semelhantes.  Ademais, tendo eu já lavado o carro do meu semelhante ou já curado sua fíbula fraturada, o que mais eu devo a ele ou a qualquer outra pessoa?  Qual a justificativa de eu ser obrigado a distribuir meus ganhos para terceiros?  Agora, se alguém quiser ser caridoso, isso é outro assunto, totalmente distinto.

Compare a moralidade de ter de servir o seu semelhante para poder ganhar uma fatia daquilo que ele produz com a (i)moralidade de receber dinheiro redistribuído pelo governo (seja via assistencialismo, funcionalismo público, ou grandes empresários que trabalham que recebem subsídios do governo).  O que ocorre é que o governo simplesmente diz a esse povo: "Você não precisa servir o seu semelhante para adquirir uma fatia de tudo o que ele produz.  Nós vamos confiscar parte do que ele produz e dar tudo para você.  Apenas vote em mim".

Afinal, quem deveria devolver parte do que ganhou?  Pense em Bill Gates, que fundou a Microsoft, ou em Steve Jobs, que fundou a Apple Computer, ou em Sam Walton, que fundou a Wal-Mart.  Qual desses bilionários adquiriu sua riqueza nos obrigando a comprar seus produtos?  Qual deles confiscou a propriedade de terceiros?

Cada um desses três — e milhares de outros — é um indivíduo que enriqueceu prestando serviços aos seus semelhantes, criando produtos que tornaram a vida melhor e mais fácil.  O que mais eles devem?  Para quem eles devem?  Eles já deram e "redistribuíram" a sua fatia.

Compare-os agora aos homens do governo.  Compare os bens e serviços que cada um produziu e compare a maneira como eles enriqueceram.  É justo?

Logo, se há alguém que realmente tem a obrigação de devolver algo para a sociedade, estes são os ladrões e receptadores do roubo legalizado — a saber, as pessoas que utilizam o governo, inclusive vários magnatas que recebem subsídios corporativos, para viver à custa de seus semelhantes. 
Quando um país vilipendia os produtivos e transforma em mascotes os improdutivos, seu futuro está condenado. 

Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros.  Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.

Tradução de Leandro Roque

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