Carta
ao Povo Brasileiro - (Rodrigo Constantino VEJA - Movimento Brasil Eficiente (MBE))
Brasil,
agosto de 2014
Sr.(a)
Governante:
Quem
aqui se manifesta é o coletivo que chamamos de Brasil. Nossa voz aprendeu a
reconhecer, a respeitar e a defender a terra onde escrevemos nossa história e a
transmitimos à geração seguinte. Esse é o Brasil que fala agora ao
Governante.
Dessa
vez é o povo que manda o recado. Um recado mais do que necessário, porque o velho
monólogo dos marqueteiros do governo, soprando crenças no ouvido do povo, não
funciona mais. O povo que lê e escreve nas redes sociais não precisa de
intérpretes de pensamento. O governante que queremos é aquele que vai governar
com o povo. O governante moderno aprende porque escuta, em seguida planeja suas
ações e as executa como combinado. Governo sem plano é desgoverno.
Chegamos
ao ponto-limite. Brasília virou uma fantasia bilionária, de fato trilionária,
cercada de desperdícios e ineficiências. O poder que manipula trilhões de reais
nos orçamentos públicos ainda tem a petulância de afirmar ao povo que “faltam
recursos”. Não! Recursos abundam. Fizemos, nas ruas, essa denúncia, em junho de
2013. O recado deveria ter sido suficiente, mas caiu no vazio.
Nesta
Carta, retomamos a luta de Tiradentes, nosso maior manifestante civil: não
aceitamos mais carregar no lombo um governo que aplica uma tributação impiedosa
sobre o bolso do contribuinte indefeso. O empresário, que poderia estar gerando
empregos, virou um proletário do governo. Este está sempre cobrando sua fatia
na frente; não espera nem o lucro acontecer. E o povo continua carregando uma
das cargas tributárias mais onerosas do planeta: trabalha até a metade do ano
só para sustentar o governo e os governantes.
O
povo brasileiro quer treinamento e trabalho. Quer aposentadorias e pensões
compatíveis com os aportes que faz ao longo da vida. O povo brasileiro não
precisa de salvadores; precisa mesmo é de gestão séria e confiável, rotativa e
verificável, em todos os níveis de governo.
Chega
de burocracia e de roubar descaradamente o tempo e a saúde do povo nas filas do
atendimento médico e nas paradas de ônibus; ou queimar o futuro dos jovens com
classes sem bons professores, com a falta de um computador por aluno. Esta
Carta marca um ponto de virada. O povo brasileiro só precisa de condições e
ambiente adequado para trabalhar, para empreender seus negócios, para
desenvolver sua pesquisa, se educar e cuidar do ambiente.
Perdas
são pedagógicas. Perdemos, um dia, a democracia, para aprendermos a não
perdê-la nunca mais; com a inflação, perdemos o sentido e o valor do dinheiro
para, hoje, darmos todo o valor à moeda estável. Temos perdido tempo e energia
demais com governos que governam mal e nos custam cada vez mais caro. Nossa
paciência não tem o tamanho da vida inteira. O povo brasileiro exige ser senhor
do seu tempo. Para o Brasil se projetar como líder em sua região e como um
exemplo de nação próspera, moderna e justa, perante o mundo.
Queremos
de volta a ordem no governo, para termos de volta o progresso, que perdemos.
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