quarta-feira, 26 de junho de 2013

Agora somos NÓS X ELES. BEM-VINDO AO BRASIL REAL, senhores petistas!

O que leva milhares de brasileiros às ruas após um dia de trabalho? São desordeiros? Vândalos? (..) São deserdados. Da esperança de um futuro, roubado seguidamente por uma corja que se julgava acima do bem e do mal. Que se sentiam imperadores do Brasil, (..) Apostaram na ignorância. Na mediocridade. Na compra pura e simples, na boca do caixa. No uso de nossos esforços e trabalhos como matéria de uso pessoal. (..) Vocês, milicianos, só conseguiram sucesso em um tema: na divisão entre “nós e eles”, tão insistida como mote de atuação do líder lobista e de todos os asseclas da seita.

Por REYNALDO ROCHA

Não é ainda hora de rescaldos. Há muito que acontecer. Somente os míopes não conseguem identificar no horizonte o que vem lá.

O que leva milhares de brasileiros às ruas após um dia de trabalho, com uma Copa acontecendo?

São desordeiros? Vândalos? São inocentes usados por radicais de esquerda? Ou seriam marionetes nas mãos das oposições? As hipóteses são tão absurdas que não merecem sequer uma linha de qualquer comentário.

São deserdados. Da esperança de um futuro, roubado seguidamente por uma corja que se julgava acima do bem e do mal. Que se sentiam imperadores do Brasil, com um povo pronto a ouvir e aceitar qualquer desculpa ou explicação do inexplicável.

Apostaram na ignorância. Na mediocridade. Na compra pura e simples, na boca do caixa. No uso de nossos esforços e trabalhos como matéria de uso pessoal.

Esqueceram – ou nunca aprenderam a lição. De um povo que derrotou uma ditadura. Que enfrentou um desequilibrado como presidente até escorraçá-lo do Planalto.

Julgavam-se acima de julgamentos. Acreditavam que eram os réus e juízes dos próprios crimes diariamente cometidos. À luz do dia, com a arrogância dos egoístas e egocêntricos.

Minoraram as vozes que ousavam ser de oposição. Demonizaram a discordância. Atacaram o mensageiro. Tentaram por um país de joelhos. Humilharam uma nação, oferecendo auxílios que um dia foi chamado pelo líder da seita de compra de cidadania. E compraram em proporções continentais. Mantendo um povo desprovido de futuro na eterna dependência da ajuda que deveria ser um degrau. Nunca um curral.

Não, ainda não vencemos. Avançamos. De modo definitivo, pois estes passos foram (e são) tão determinados que não serão apagados. As pegadas estão em asfaltos do Brasil todo.

Os deserdados também sentem que ninguém os amparava. A oposição que se escondeu e se recolheu, que foi apática e covarde, talvez agora entenda que são menores que nós.

NÓS SOMOS MAIS! Somos deserdados, mas acreditamos que, mesmo sem heranças (fiquem com elas!) saberemos caminhar por nós mesmos.

Não há um único político com mandato popular que tenha coragem suficiente para aparecer em alguma manifestação. Seria colocado no mesmo saco de lixo. Assim, estão escondidos.

Ontem, modestamente, desafiei o PT a sair às ruas. Era mais uma ironia, que a cegueira e a ignorância ─ em uma feliz coincidência ─ tornaram real.

BEM-VINDO AO BRASIL REAL, senhores petistas!

Aqui há um povo (sim, POVO, conceito prostituído por vocês) que sabe fazer história. Que observa. Que não esquecia. Que esperava por vozes que nunca tiveram coragem de se manifestar.

Aqui há uma nação (conceito que vocês jamais entenderam) que se faz para além de regionalismos, de separações odiosas sonhadas por vocês ou de divisões ridiculamente arquitetadas por quem não consegue enxergar o Brasil.

Há gente decente neste país. Que trabalha. Que não depende de benesses, padrinhos ou tutores. Que ouve e não aceita, mesmo em silêncio.

Vocês, lulopetistas, erraram em quase tudo. Acreditavam-se donos da vontade popular. Imaginavam que bandidos seriam defendidos nas ruas por cidadãos prontos a marchar ao primeiro chamado. Que os crimes seriam esquecidos no dia seguinte. Não estavam sendo esquecidos: estavam sendo armazenados em uma conta difusa que, se não cita detalhes, sente a totalidade.

Acreditaram no bando chapa-branca que mostrava um país de felizes e contentes! Com uma minoria de raivosos e odiosos opositores.

Planejaram a compra de deputados, senadores e partidos como se a oposição fosse resumida a eles. Nunca foram. Eramos nós! E nós não estamos à venda.

Vocês, milicianos, só conseguiram sucesso em um tema: na divisão entre “nós e eles”, tão insistida como mote de atuação do líder lobista e de todos os asseclas da seita.

Conseguiram!

Não sei – ninguém sabe! – o que irá acontecer. Nós x Vocês!.

E para espanto de tantos, sinto informar: NÓS SOMOS MUITOS!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Indignai-vos nas urnas!

De nada adianta rugir feito um leão nas ruas, e depois votar como um burro nas urnas.

Por Rodrigo Constantino (O Globo)

Motivo para revolta é o que não falta. Aquele cenário maravilhoso que o governo pintava não existe. Nossos pilares são de areia, e o inverno está chegando. O descaso com a população por parte das autoridades é enorme, as prioridades são todas desvirtuadas, e o rumo precisa mudar radicalmente.

Mas confesso não compartilhar da euforia que tomou as ruas das principais capitais do país. Há uma insatisfação generalizada e difusa, sem foco. Não adianta ser contra “tudo que está aí”. É preciso compreender melhor o que nos trouxe a esse quadro, e como mudá-lo. Temos que gerar mais luz e menos calor.

Além da grande cacofonia nas ruas, cada um com uma demanda diferente, há grupos radicais de esquerda tentando se apropriar dos protestos. Afinal, isso é o que eles sempre fizeram: incitar as massas e criar baderna. Separar o joio do trigo é crucial. Vândalos devem ser contidos, saques e agressões aos policiais devem ser reprimidos com todo o rigor da lei. Manter a ordem é fundamental.

O clima anárquico só interessa aos golpistas de plantão. Uma turba descontrolada é um convite a uma intervenção estatal rigorosa. A Revolução Francesa sofreu desse mal, levando ao Terror de Robespierre, e depois à ditadura de Napoleão. Maio de 68 foi outro exemplo de caos produzido pela juventude entorpecida por utopias revolucionárias.

Consigo entender perfeitamente o desespero de muitos, cansados de nossa política podre, da ausência de alternativas sérias, da impunidade, do transporte caótico, a saúde pública em frangalhos. Tudo isso é totalmente legítimo. Mas precisamos canalizar essa energia toda para forças construtivas, e não destrutivas.

Sou bastante crítico a este governo. Meu julgamento da era petista é o pior possível. Nunca antes na história deste país se viu tantas trapalhadas conjuntas, tanta incompetência, tanta mediocridade e safadeza. O PT segregou o país, comprou votos com esmolas estatais, aparelhou a máquina do Estado e demonstra forte viés autoritário.

Estamos pagando um alto preço por essa inoperância, agora que os ventos externos pararam de soprar na nossa direção. Dilma não fez uma única reforma estrutural importante, exagerou no populismo e permitiu inclusive a volta da alta inflação. Meu veredicto é o mais duro possível contra a presidente e sua equipe.

Dito isso, não consigo mergulhar com muito otimismo nas manifestações das ruas, até porque tenho sérias dúvidas se este é também o diagnóstico dessas pessoas. Muita gente acaba demandando mais intervencionismo estatal como solução. Querem mais do veneno! Bandeiras demagógicas, como “passe livre”, também abundam. Esse, definitivamente, não é o caminho.

O que fazer então? Sei que a nossa democracia é muito falha. Quem pode ficar feliz com esse Congresso? Mas não acredito muito em revoluções populares, que costumam sair do controle. Prefiro apostar na evolução de nossas instituições, hoje capengas e ameaçadas. Precisamos lutar dentro da própria democracia, com as armas da legalidade, respeitando o império das leis.

Essa via leva mais tempo, tem solavancos, exige concessões, demanda paciência, aquela que está prestes a se esgotar. Mas ela é mais sólida, mais sustentável, mais pacífica. O principal valor da democracia representativa não está em suas “fantásticas” escolhas (Lula?), mas em sua capacidade de eliminar grandes erros de forma pacífica.

Conquistamos a duras penas o regime democrático, e criamos algumas instituições republicanas importantes, como a liberdade de imprensa e a independência dos poderes. Não foi no ritmo que desejávamos, tampouco da qualidade que almejamos. Mas precisamos preservá-las. Hoje mais do que nunca, justamente porque elas estão em xeque, sob constante ataque de minorias organizadas e barulhentas.

Nenhum partido atual representa minha visão liberal de país. São todos eles intervencionistas, depositando no Estado um papel demasiado de controle sobre nossas vidas e recursos. Mas nem por isso penso que a solução é uma espécie de “revolução apartidária”. Em política não há vácuo; ele logo é preenchido por alguém. Que não seja um aventureiro, um “messias” salvador da Pátria. Ou salvadora.

Eis minha sugestão aos brasileiros cansados dessa situação: indignai-vos, mas nas urnas! Não será a escolha ideal, mas o ideal existe somente em nossas ilusões. E elas são perigosas quando passamos a acreditar que são viáveis.Façamos aquilo que for possível, mantendo nossa frágil, porém necessária democracia. De nada adianta rugir feito um leão nas ruas, e depois votar como um burro nas urnas.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O direito de tirar sarro sem uma caça às bruxas

Se engessarmos as possibilidades de riso que as diferenças ofertam, viraremos uma sociedade extremista na defesa do igualitário e asfixiada pelo politicamente correto, essa chatice que caiu nas graças de quem não a tem
Por Martha Medeiros 
As pessoas sonham em ser famosas, sem perceber o tamanho da encrenca. O Neymar, por exemplo. Por ser um fazedor de gols, ganhou muito dinheiro, o que é ótimo, e também ganhou fama, que nem tanto. A fama não permite que você seja apenas aquilo que sonhava: no caso dele, um craque. Você passa a ser considerado um exemplo de magnanimidade e a ter todas as suas ações julgadas. Pois o Neymar, coitado, que drible esta: mal colocou os pés em Barcelona, o Observatório contra a Homofobia da Espanha pediu que o jogador se desculpasse por causa de um comercial gravado para uma empresa de roupa íntima, em que ele aparece de cueca ao fundo de uma loja, se exibe para as garotas, mas foge quando aparece um cliente grandão. Foi considerada uma atitude homofóbica. Tudo agora é homofóbico. O Neymar gosta de mulher, não de homem, quem não sabe? Se amanhã aparecer um comercial mostrando um gay fazendo cara de nojo para a Gisele Bündchen, será que não acharemos graça? Será o caso de nos sentirmos ofendidos também?

Compreendo que está em curso uma luta ainda nova, difícil e que precisa se fortalecer com o combate a todas as reações culturais impregnadas na sociedade e que limitam os direitos dos cidadãos homossexuais. O movimento tem em mim uma aliada: não faço nenhuma restrição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e inclusive apoio a adoção – como alguém pode acreditar que uma criança viverá melhor num orfanato do que dentro de um lar, sendo amada por duas pessoas que a escolheram?

No entanto, há que se deixar um espaço para vazar o que não é violento, o que não é repressor, e sim uma manifestação saudável de preferência, senão viveremos uma caça às bruxas às avessas. Os héteros não podem agora se sentir constrangidos por valorizarem o sexo oposto em detrimento do seu, ainda mais quando se trata de uma situação claramente bem-humorada, sem depreciar ninguém. Me vem à lembrança aquele episódio da Porta dos Fundos, programa cômico veiculado na internet, em que um atendente de uma loja de conveniências desestimula uma freguesa a procurar seu nome na lata de refrigerante, já que os disponíveis são Patricia, Renata, Mariana... O dela, Kellen, tsk, tsk,sem chance. Quem não assistiu talvez fique horrorizado. Que preconceito! Pois assista no YouTube, divirta-se com a sinceridade atrevida do personagem e entenda que não ganhamos nada com o paternalismo que confunde galhofa com ofensa, ou pegação de pé com bullying. Se engessarmos as possibilidades de riso que as diferenças ofertam, viraremos uma sociedade extremista na defesa do igualitário e asfixiada pelo politicamente correto, essa chatice que caiu nas graças de quem não a tem.

Não importa de onde você vem, você sempre poderá escolher para onde você vai

"empreendedorismo  é uma opção e dar certo na vida é possível para todos."

Fonte: ENDEAVOR

Eduardo Lyra nasceu em um espaço de pobreza extrema, passou os primeiros meses de vida dormindo em um balde azul, teve um pai viciado em drogas, e, diante de tudo isso, decidiu se tornar alguém relevante para a sociedade e mudar o histórico de miséria da sua família. A lição que compartilha: "Você não tem o poder de decidir onde vai nascer, mas pode decidir para onde vai".

Em sua trajetória, manteve vivo o sonho grande, a iniciativa, a criatividade, a vontade de dar certo, a ousadia e o entusiasmo: palavra de origem grega que, conforme ressalta, "significa Deus dentro de si". Tornou-se jornalista e escreveu um livro para inspirar o jovem brasileiro, mostrando que empreendedorismo
  é uma opção e dar certo na vida é possível para todos.

Conheça a sua história e as lições que carrega sobre empreendedorismo e a vida



sábado, 1 de junho de 2013

Roberto Civita: "Eu não acredito em sucesso de quem não trabalha mais que os outros."

As lições de empreendedorismo de Roberto Civita

“Sempre chega um momento em que você diz: isso é maior do que nós somos, será muito difícil, não é o momento... É preciso ir”, aconselhou Roberto Civita, citando a coragem e a ousadia como as principais qualidades para as próximas gerações de empreendedores. “Você não chega a lugar nenhum se não ousar”, refletiu o presidente do conselho de administração do Grupo Abril, que morreu neste domingo, 26, em São Paulo, após dedicar mais de cinco décadas da sua vida a transformar a editora criada em 1950 por seu pai, Victor Civita, em um dos maiores conglomerados editoriais da América Latina.
Em uma conversa com o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, durante o CEO Summit em 2011, Civita observou que, embora o Brasil de hoje seja muito diferente do Brasil em que começou a trabalhar, algumas coisas atravessaram os anos e continuaram valendo de uma geração para outra.
Contou por exemplo que seu pai nunca distribuiu um dividendo, por mais de 40 anos, para reinvestir o tempo todo no negócio. “Ele não pensava em termos de dinheiro, pensava só em fazer”, relatou o empreendedor. Outra questão que coloca é a obsessão por fazer bem feito. “Todos os diretores das revistas sabem: posso aceitar qualquer coisa, menos que não sejam o número 1 no seu segmento”.
Civita ressaltou também o foco nas pessoas: “quem você contrata, como você trata”. A seu ver, qualquer empresa depende em primeiro lugar das pessoas que trabalham nela. Além disso, o exemplo que você dá é fundamental. Por último, destacou a necessidade de ser obsessivo: “Eu não acredito em sucesso de quem não trabalha mais que os outros. Ninguém que eu respeito não trabalha sábado e domingo. Lamento: se não quiser, tudo bem, mas a sua empresa não irá a lugar algum”. Para ele, a paixão é 90% da batalha ganha. “Se fizer algo somente para ganhar dinheiro, estou certo de que chegará ao fim da vida achando que perdeu o seu tempo.”
Uma das virtudes que mais admirava no pai era a capacidade de deixar os filhos fazerem e, principalmente, errarem. “Quando eu já havia estudado e trabalhado fora, estabeleci uma condição para voltar: queria fazer uma revista como a Time, onde estava trabalhando, uma revista como a Fortune, por ser uma revista de negócios, e uma como a Playboy, porque eu tinha 22 anos”, contou, em tom bem-humorado. “Meu pai disse: Não tem a menor condição de fazermos isso agora, mas venha e faremos”, e teve a paciência de esperar seis anos até que a revista Veja – que idealizou e lançou em 1968 – desse um retorno positivo para a empresa.
No que se trata de sucessão, Roberto Civita acredita que passar uma empresa de uma geração para outra muitas vezes é uma questão de sorte. Em sua opinião, é muito difícil conseguir alguém com competência, vontade e no momento certo de vida para isso. Mas conta que o seu sonho grande é que, nos próximos 50 anos, a Abril continue relevante na discussão, no esclarecimento e na conscientização dos brasileiros. O que poderia possibilitar isso? Não perder o objetivo. “O importante não é o que você coloca na página, mas o que sai da página para a cabeça do leitor”, citou o empreendedor, parafraseando Henry Luce, fundador da revista Time.
Veja o vídeo com sua entrevista no portal da endeavor, clicando AQUI 
Por Carolina Pezzoni, editora do Portal Endeavor.