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Mostrando postagens de outubro, 2013

Meus parabéns, você fracassou.

Permitir-se fracassar e corrigir o rumo quando necessário é fundamental para o sucesso. Por Romero Rodrigues  ( fundador e CEO do   Buscapé Company ) - Endeavor Brasil Meus parabéns, você fracassou. Sem ironias, é exatamente isso que eu quero dizer. Se a sua ideia não vingou, mesmo com criatividade, originalidade, ineditismo e várias outras características positivas, parabéns. Essa experiência mostra que você experimentou e resolveu testar um caminho novo. Você saiu do modo de segurança que travava suas ideias para mergulhar no mundo da inovação. Resumindo: você aprendeu. Como não te dar os parabéns? No Brasil, o fracasso é uma palavra pesada, pois representa incapacidade, incompetência, amadorismo. É uma palavra pesada: “Fulano fracassou”. Isso gera medo e, quando você tem medo de tentar algo, pois não quer fracassar, você entra num estado defensivo. Você deixa de pensar no estratégico e passa a pensar só no tático, e o tático é o instinto de sobrevivência, o agora em ...

Nasce o Brasil talibã

Deu-se assim o casamento do século: a educação com a falta de educação. Nem a profecia mais soturna, nem a projeção mais niilista, nem as teses do maior espírito de porco conceberiam esse enlace. O saber e a porrada, lado a lado, irmanados sob o idioma da boçalidade. Por Guilherme Fiuza , O Globo O Brasil virou, definitivamente, um lugar esquisito. A última onda de manifestações reuniu professores em greve (e simpatizantes) por melhores salários para a categoria. Aí os professores cariocas receberam a adesão dos tais black blocs — nome pomposo para um bando de almas penadas em estado de recalque medieval contra tudo. Os professores não só acolheram os depredadores desvairados nas suas passeatas, como declararam, por meio de seu sindicato, que aquele apoio era “bem-vindo”. Deu-se assim o casamento do século: a educação com a falta de educação. Nem a profecia mais soturna, nem a projeção mais niilista, nem as teses do maior espírito de porco conceberiam esse enlace. O sa...

O que os gaúchos dizem de Cuba

Não conhecia essa série de artigos. Grata surpresa. Todos foram oriundos de uma visita que o governo estadual fez a cuba acompanhado de alguns jornalistas.  Lembrei daquela turma da esquerda caviar que fica adorando cuba de seus apartamentos de Paris. Fiquei feliz com o artigo de Juremir, um dos poucos esquerdista intelectualmente honestos que sobrou no Brasil a admitir que aquilo é um inferno. Vale a pena! I CUBA VIRA TEMA DE CAMPANHA DO PPB CINCO MILITANTES DA SIGLA VISITARAM A ILHA DE FIDEL POR CINCO DIAS Zero Hora , Porto Alegre (RS), 9 de agosto de 2001 Com o lema "A Juventude do PPB Adverte: Não Deixe o Rio Grande Virar Cuba" estampado nas camisetas, cinco integrantes do partido retornaram sexta-feira a Porto Alegre, trazendo na bagagem documentos, gravações e fotos do que consideram a verdadeira imagem da ilha. Durante a viagem, os progressistas abriram a bandeira do Rio Grande do Sul na Praça da Revolução, em frente à sede do governo de Fidel Castro, so...

A praga

O que está em questão é se o Brasil vai ou não se dirigir rumo à efetiva concretização de uma economia de mercado, da livre-iniciativa e da liberdade de escolha, ou se prefere continuar refém de sua tradição cartorial. Por  Denis Lerrer Rosenfield ( estadão ) Perde-se, assim, a noção, absolutamente central, de que a burocracia deveria ser um instrumento de atendimento a reivindicações e demandas dos cidadãos, ajudando-os a dar conta de trâmites administrativos. Por definição, estes deveriam ser simples, precisamente para simplificar a vida de todos. Burocracia é meio, instrumento, não um fim em si mesma. Há aqui envolvido todo um conceito de cidadania e de relação da sociedade com o Estado. Não se trata de algo trivial, mera questão secundária, mas de algo que se situa como central na vida de cada um. No melhor sentido da palavra, a questão é política, por dizer respeito ao modo de relacionamento da pessoa com a coisa pública. A burocracia não deveria ser um instrumento al...

A ganância dos igualitários. Impostos muito altos e forte controle estatal da economia não impedem que os ricos continuem ricos; impedem que os pobres fiquem ricos!

“Eu nunca entendi porque é ganância querer preservar o que você ganhou, mas não é ganância querer pegar o dinheiro dos outros . ” – Thomas Sowell Por Rodrigo Constantino ( veja.com ) Muitos observam a disparidade de riqueza no mundo ou dentro de um país, e concluem que isso é fruto de alguma injustiça .   Passam, então, a clamar por impostos que “redistribuam” melhor essa riqueza .   Trata-se de um conjunto de falácias perigosas, partindo de um ponto de vista estático e materialista da riqueza . George Gilder, em  Knowledge and Power   , faz uma eloquente defesa do capitalismo contra as bandeiras igualitárias .   Ele explica que a ganância verdadeira vem daqueles que desejam riqueza não merecida, não criada por si próprios, ou seja, que lutam para que o estado tome à força a riqueza alheia . Impostos elevados e progressivos, subsídios, barreiras protecionistas, bolsas e esmolas estatais, privilégios, essas são as bandeiras dos gananciosos, incom...

Homens de bem

Sim, leitor, não é fácil olhar em volta e ver como a mesquinhez alheia triunfa e passa impune .   Mas não confunda o transitório com o essencial. Por João Pereira Coutinho Você, leitor, é pessoa honesta e cumpridora .   Trabalha .   Paga as contas. É decente com a mulher e os filhos .   Mas quando olha em volta, o cenário é selvagem. Os colegas usam e abusam da dissimulação e da mentira .   Sem falar da corrupção de superiores hierárquicos ou de políticos nacionais, esse câncer que permite a muitos deles terem o carro, a casa, as férias, a vida que você nunca terá . Para piorar as coisas, eles jamais serão punidos por suas viciosas condutas .   A pergunta é inevitável: será que eu devo ser virtuoso ?   Será que eu devo educar os meus filhos para serem virtuosos ? Essas perguntas foram formuladas por Gustavo Ioschpe em excelente texto para a "Veja" .   De que vale uma vida ética se isso pode representar, digamos, uma "desvantagem c...

Wellington e Pepe Mujica

Observando o discurso, me dei conta, mais uma vez, do quanto a estética da indignação pode esconder a falta de coragem. Coragem de reconhecer o que nós, latino-americanos, fizemos ou deixamos de fazer. Sobre nossa história triste de golpes de Estado, nosso populismo atrasado, nossa relutância em criar instituições inclusivas, que incentivem o espírito de inovação e a concorrência saudável entre as empresas. Por Fernando Luis Schüler* Dias atrás, escutava o discurso do presidente Mujica, do Uruguai, na ONU. O discurso fizera certo sucesso, e de fato é uma boa peça de oratória. Mujica usa bem a imagem do viejo da província. Aquele que nada mais tem a ganhar, que já deu de si. Que carrega o charme do pequeno país em um mundo de gente grande. Observando o discurso, me dei conta, mais uma vez, do quanto a estética da indignação pode esconder a falta de coragem. Coragem de reconhecer o que nós, latino-americanos, fizemos ou deixamos de fazer. Sobre nossa história triste de golpe...