O Brasil cansa. É muita ignorância,
uma mentalidade totalmente distorcida, um ódio irracional ao capitalismo e uma
idolatria absurda ao Estado. As pessoas parecem incapazes de aprender com a
história. E não pense que falo do “povão”; a culpa principal é da elite mesmo,
uma elite míope, oportunista e sem escrúpulos. Quem ajudou a colocar o PT no
poder? A elite. Professores, funcionários públicos, “intelectuais”, artistas,
banqueiros! O Brasil tem salvação? Talvez. Mas só quando essa elite mudar.
Um ano. Lembro-me como se fosse
ontem. Dia 26 de outubro de 2014, um clima de esperança, a contagem dos votos
avançada e muitos dando como certa a derrota de Dilma. Finalmente, o país
acordava. Como foi possível manter uma gente tão populista, cínica, incompetente
e corrupta no poder por tanto tempo? Mas isso agora chegaria ao fim, e uma nova
fase de ajustes teria começo. A decepção foi diretamente proporcional à
esperança.
O
sentimento era de incredulidade: então a maioria dos eleitores quer mesmo mais
dessa porcaria? Então o abuso da máquina estatal ficará impune? Então o maior
estelionato eleitoral da história seria recompensado? Aquela campanha sórdida,
baixa, a compra escancarada de votos, tudo isso seria tolerado por nossa
democracia? Que país era aquele, que insistia num erro tão evidente?
Os
esquerdistas celebraram: os “reacionários” tinham perdido para aqueles que se
importam com os mais pobres. Como essa narrativa tão idiota podia brotar da
boca de gente até com mestrado? Os professores, com broches do PT, tentavam
fazer lavagem cerebral nas crianças com o mesmo discurso ridículo.
O PT tinha
conseguido segregar o povo com base no “nós contra eles” com um monte de gente
acreditando que eram almas sensíveis e preocupadas com os mais pobres só por
terem digitado 13 nas urnas. O ambiente intelectual estava muito pobre. Tem
jeito um país desses, com uma elite tão medíocre? A dúvida era grande, mas
havia uma certeza: eu precisava sair para respirar melhor.
Ali mesmo,
naquele fatídico 26 de outubro, a decisão foi tomada. Não só o Brasil vai
mergulhar numa grave crise econômica, disse, como essa reeleição demonstra toda
a podridão de nossos valores morais, de nossas instituições. Que povo é esse
que caiu nessa ladainha toda, e que elite é essa que foi negligente, cúmplice?
Preciso passar uma temporada com o Tio Sam, pensei.
A esquerda
caviar “adora” o socialismo, mas do conforto do capitalismo. Nossos artistas
engajados defendem o PT, a Venezuela e até a ditadura cubana, mas não saem do
Leblon ou de Paris. Nós, os “coxinhas” também preferimos o capitalismo, mas não
somos hipócritas. E quando é hora de “votar com os pés” isso fica claro. Você
nunca verá um desses ricos artistas escolhendo viver em Cuba. Mas a direita é
coerente com seu discurso, e prefere migrar para países mais capitalistas.
Neles, em
vez de as crianças aprenderem sobre o “herói” Che Guevara, um porco assassino,
estudam a vida de gente como Thomas Jefferson, um dos “pais fundadores” da
nação mais livre e próspera que o mundo já teve. O direito básico de ir e vir
não é uma enorme aventura arriscada como nas ruas do Rio, com assaltos
constantes e marginais ousados tratados como “vítimas da sociedade” pela
esquerda. Ruas limpas, leis que são respeitadas, praias sem arrastão: que
“horror” esse malvado capitalismo!
“Pode ser
bom para os ricos, mas quero ver como vivem os pobres” poderia dizer um típico
petista. É mesmo? A faxineira nos Estados Unidos dirige um carro de luxo para
padrões brasileiros. O jardineiro idem. E o lixeiro recolhe o lixo num caminhão
com ar condicionado, sozinho, pois basta apertar um botão que a máquina faz o
resto. O xerife não vive na favela, perto dos bandidos, mas é seu vizinho, em
casas decentes.
O
trabalhador humilde vive com dignidade, ao contrário do que acontece no Brasil,
onde sofre por horas no transporte público caótico, morre nas filas dos
hospitais públicos, é vítima de bandidos o tempo todo e precisa colocar seus
filhos numa escola inspirada no comunista Paulo Freire, em que só tem
doutrinação ideológica. Mas os “intelectuais” de esquerda enaltecem o
socialismo, que só produziu miséria e escravidão no mundo todo!
O Brasil
cansa. É muita ignorância, uma mentalidade totalmente distorcida, um ódio
irracional ao capitalismo e uma idolatria absurda ao Estado. As pessoas parecem
incapazes de aprender com a história. E não pense que falo do “povão”; a culpa
principal é da elite mesmo, uma elite míope, oportunista e sem escrúpulos. Quem
ajudou a colocar o PT no poder? A elite. Professores, funcionários públicos,
“intelectuais”, artistas, banqueiros! O Brasil tem salvação? Talvez. Mas só
quando essa elite mudar.
Enquanto
isso, a luta daqueles que desejam viver num país com mais liberdade e
prosperidade será árdua. Eles não precisam enfrentar apenas a barreira da
ignorância em geral; precisam romper os grilhões ideológicos, enraizados
naqueles que são formadores de opinião. Ou melhor, deformadores de opinião.
Haja esperança!