terça-feira, 19 de abril de 2011

A burocracia peluda, o desperdício de rabo longo e a tributação enlouquecida vampirizam o país.

Puxa vida, achei esse artigo maravilhoso de autoria de Paulo Rabello de Castro no site do Instituo Millenium. Tenho a obrigação de reproduzir aqui este artigo pois tem tudo a ver com meu artigo anterior "Se você não está preocupado para onde vai seu dinheiro, eu estou".


O excelente resumo sobre os demônios que nos atormentam: A burocracia peluda, o desperdício de rabo longo e a tributação enlouquecida vampirizam o país.


Segue o texto na íntegra.



Sobre os demônios

Março 15, 2011
Autor: Paulo Rabello De Castro
pequeno normal grande
paulo rabello instituto millenium
Sobre os demônios que nos atormentam
Há no Museu do Prado, em Madri, uma pintura de São Miguel Arcanjo de espada em punho, dominando os demônios a sua volta e trazendo paz aos eleitos no Paraíso. Além de refletir uma força extraordinária, o quadro guarda um detalhe que escapa ao admirado visitante. É que a cena reflete o pleno domínio de São Miguel sobre demônios vivos, não mortos ou moribundos, mas arregalados e espantados pela autoridade moral do arcanjo-mor do Paraíso. É a vitória da não violência.
Os demônios da vida social brasileira precisam de uma espada de arcanjo em seus pescoços. O governo é um demônio a dominar e exorcizar, e isso está ficando muito claro até para o próprio governo. Terá a presidente Dilma essa dupla capacidade de, embora sendo governo, bancar o São Miguel que dominará os demônios da vida brasileira? Nossa aposta permanece positiva. Ao anunciar cortes de cerca de R$ 50 bilhões no orçamento federal de 2011, a presidente fez o gesto inicial de desembainhar a espada. Daí a enfrentar demônios, são mais outros 50 bilhões…
Temos aqui capetas para todos os gostos de filmes de terror. Na economia, convivemos há muito tempo com uma trinca dos diabos: a burocracia peluda, o desperdício de rabo longo e a tributação enlouquecida. São diabos asquerosos, todos eles a serviço da manutenção do poder abusivo do Estado sobre a vida normal dos brasileiros nesta República. Agem como vampiros por sugar a seiva do desenvolvimento da nação: os investimentos e o aumento da produtividade. Pelo caminho, matam a criatividade e o empreendedorismo. Deveriam ser mantidos à distância do povo que trabalha e produz. Mas hoje se dá o inverso.
Estamos no império da burocracia, essa secretária da morte do progresso, já que a peluda enreda as atividades do empresário e do cidadão comum, roubando-lhes o bem mais precioso, seu tempo. Calcula-se em 0,5 ponto porcentual do PIB a perda de crescimento anual por causa do excesso de burocracia, o equivalente a nos tomarem cerca de R$ 70 bilhões em investimentos adiados ou cancelados, a cada ano, por puro efeito dos excessos de regulamentos, carimbos, contraordens, erros de lançamento em cobranças, multas injustas e outras pragas.
A burocracia peluda, o desperdício de rabo longo e a tributação enlouquecida vampirizam o país.
Outros R$ 70 bilhões anuais vazam pelo ralo largo dos desperdícios, como aponta Raul Velloso em nosso trabalho conjunto sobre o grande desperdício fiscal no Brasil. O gasto corrente sem retorno é igual ao que se deixa de investir em infraestrutura – 2% do PIB –, o suficiente para acrescentar mais 0,5 ponto de crescimento anual, permanentemente, à renda e ao emprego. É urgente uma auditoria da eficiência dos procedimentos de gastos de consumo do governo. Não é ideia nova, pois prevista no Artigo 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal e, por óbvio, deixada de lado sem cumprimento… há dez anos! Com esse duplo ataque à burocracia e ao desperdício público, Dilma somaria mais 1 ponto de crescimento anual, fazendo saltar de 4% para 5% a média nesta década. Isso, sim, seria combate à pobreza, inclusive mental.
Mas nada há que se compare ao manicômio tributário nacional. Nele perdemos mais de 1 ponto porcentual de crescimento todo ano. Vivemos no paraíso dos impostos e no inferno do contribuinte. A simplificação nessa área tem de ser corajosa. E sem reedição de velhos demônios, como a CPMF. Para chegar lá, o manicômio tem de pegar fogo. A mobilização popular contra os impostos malucos tem de tomar a proporção de revolução em país árabe. Lembrava-nos o vice-presidente Michel Temer, em recente debate do Movimento Brasil Eficiente no auditório do jornal O Globo, que nada se fará de relevante nesse campo dos impostos sem uma intensa mobilização da sociedade. Sou eu, é você, somos todos na luta por resgatar o pedaço do Brasil do futuro que os três demônios – da burocracia, do gasto inútil e do imposto insano – ainda querem nos tomar. É um Brasil a mais a ser ganho – ou definitivamente desperdiçado.
Publicado na revista “Época”

sexta-feira, 15 de abril de 2011

SE VOCÊ NÃO ESTÁ PREOCUPADO PARA ONDE VAI SEU DINHEIRO, EU ESTOU!

Tenho o habito de refletir sistematicamente sobre como as pessoas pensam, agem, o que as motiva, qual seu modelo mental, suas ambições e sua cultura. Gosto muito também de refletir sobre o modelo econômico e político que vivemos. Acho que isso é um exercício bem interessante, pois acaba que descobrimos, como reflexo,  muitas coisas sobre nós mesmos, quem somos e quem queremos ser.

Essa minha "mania" me leva a gostar de coisas que hoje parecem caretas. Política, economia, gestão, meritocracia, política fiscal, modelos econômicos (capitalismo, socialismo), modelos políticos (ditadura, democracia), etc. Sou um cara que leio o jornal todos os dias. Sou um cara que assisto "conversas cruzadas" com o Lasier e ouve de manhã a rádio gaúcha no carro. Mas acabo sendo careta porque se posto uma piada do tiririca no facebook recebo 10 comentários, se posto uma opinião sobre política recebo no máximo um "curtir" solidário. Se colocar lá um vídeo do fórum da liberdade ou da igualdade ninguém vê, mas o clipe da Lady Gaga é mega assistido. 

Digo isso porque percebo que as pessoas não estão muito preocupadas com o que fazem no país com o dinheiro que elas pagam de imposto, com o ensino escolar e superior, com os pobres, com a economia, etc. MAS, EU ESTOU!! Por isso às vezes uso esse blog aqui como um desabafo.

O que queria dizer com tudo isso é o seguinte: NÃO AGUENTO MAIS VER O DINHEIRO QUE PAGO DE IMPOSTO SE ESVAIR NA MÃO DE CORRUPTOS E NA INCOMPETÊNCIA DA GESTÃO PUBLICA. Como diz Raul Veloso na sua palestra no Fórum da Liberdade "O Governo gasta muito e gasta mal".

Aliás, esse fórum que me refiro trata da liberdade dos indivíduos e, por conseqüência, contraria os chamados impostos da forma que são. Porque? Porque justamente É IMPOSTO, não é algo de livre iniciativa. É quase um roubo legalizado. Veja a tradução no dicionário de imposto (grifei a ultima parte):  
O mesmo que TRIBUTO - cobrança obrigatória determinada pelo Tribuno (antiga Roma). Cobrança de um governo ou administrador oficial sobre um determinado lucro auferido pelo cidadão ou comerciante. Derivado da expressão "cobrança obrigatória", ou seja, "imposta".

E ai quem deve estar lendo isso deve achar que sou um liberal sagaz. NÃO SOU. Para mim, num primeiro momento não entendo que o estado mínimo seja a solução. Pra mim a solução seria reduzir 90% das indicações e CCs que os políticos têm (esses empregos são uma moeda de troca perigosa e uma porta de entrada à corrupção) e transformar parte disso em novas vagas com carreira e a outra parte na profissionalização da gestão pública.

Costumo dizer que: "se o dinheiro que pago, mesmo que de forma obrigatória, chegasse aos seus devidos lugares, eu ficaria um pouco mais tranqüilo." O problema é que no meio do caminho tem corruptos e maus gestores. Assim, dos 100% que pago não cega 10% onde deveria chegar.

Enfim, se não posso mudar as coisas como eu gostaria, pelo menos tento externar a minha opinião para que as pessoas que lerem meus textos pelo menos reflitam sobre o assunto.

Vamo que vamo, com força e honra!

terça-feira, 5 de abril de 2011

A rede social - O inicio do Faceebook

Ontem finalmente consegui vi o filme que conta a história do Facebook. Fiquei um tanto impressionado ora com a genialidade de algumas pessoas, ora com as relações humanas quando se trata de dinheiro e negócio.


A história trata de um possível "roubo" de idéia. Como diz o slogan do filme, é impossível ter 500 milhões de amigos sem ter pelo menos um inimigo.


A história começa com um "fora" que mark zuckerberg leva da namorada. Isso o leva na mesma noite espalhar algumas informações pessoais sobre a menina e também a criar um site de comparação entre meninas. Na verdade o enredo se dá em torno dessa menina, namorada dele, a qual ele leva um fora e que mostrar a ela que ele é inteligente e pode ter amigos (principal critica dela).


O acesso a esse site que zuckerberg fez em 4 horas "explode" e o cara fica conhecido no campus de Harvard. Um pessoal de uma fraternidade o chama para fazer o código do site que eles estão pensando em criar e ele topa. Mas ao começar a fazer o trabalho ele percebe que idéia era boa e, se repaginada, poderia ficar excelente. A partir dai ela passa a ignorar os caras, chama um amigo brasileiro para financiar a idéia, enquanto desenvolve o projeto. 


Zuckerberg colocou o facebook em 40 dias no ar. Ai que eu me refiro da genialidade de algumas pessoas. Realmente o cara era fodão nesse negócio.


A trama se desenvolve num juri avaliando se foi plágio a idéia do caras da fraternidade e depois a retirada sacana do sócio Eduardo por influencia de uma novo investidor.


Final das contas, os irmãos da fraternidade que o convidaram provam que parte da idéia eram deles e levam uma bolada. O amigo e sócio que foi solapado e esfriado no negócio retoma se status de co-ofundador e faz um acordo financeiro divulgado. E zuckerberg?


Mark zuckerberg continua fazendo o que sempre fez, programando. O final do filme é interessante. Ele convida a tal ex namorada para ser sua amiga no facebook.


Enfim, me chamou a atenção como pessoas que, em certo momento, foram importantes pro negócio podem perder esse status. Cansamos de ver fundadores serem retirados do negócio pois "não fazem mais sentido" a eles. O Steve Jobs foi um caso. E nessas horas lá se vão amizades e parcerias em nome do negócio. Acho bem estranho isso!!


Bacana o filme, recomendo!


Vamo que vamo, com força e honra!