sábado, 23 de outubro de 2010

Empreendedorismo de alto impacto

Puxa, achei esse artigo tão maravilhoso, assim como a maioria dos artigos de Nizan Guanaes, que tive que replicar aqui neste blog.
Saliento duas frases deste texto.

"Não consigo ver maior ação social do que gerar empregos, dar futuro a milhões. Empreendedorismo é a nova filantropia."

"Convido o leitor a espalhar a consciência de que a reengenharia de um mundo novo está nas mãos calejadas e incansáveis dos empreendedores."

Demais. Leiam que vale a pena!


Nizan Guanaes: Empreendedorismo de alto impacto

O MUNDO precisa gerar centenas de milhões de empregos, uma demanda que não pode ser atendida sem o empreendedor de alto impacto. Gente que começa numa garagem e em dez anos constrói um bicho do tamanho da Apple.
Esse espírito fundou as nações e sustenta o desenvolvimento.
Dois amigos italianos saíram de uma pequena cidade da Itália: um deles veio para o Brasil e fundou o império Matarazzo; o outro foi para os EUA e criou o Bank of America. A cidade de Alepo, na Síria, nos deu os Safras e os Slim. Esses homens não tiveram vantagens, passaram o diabo, essa cidade não tem pó de pirlimpimpim na água.
O que eles têm é visão, capacidade de trabalho, capacidade de relacionamento e uma chama interior chamada entusiasmo.
O sr. Waldemar Verdi tem mais de 90 anos e foi eleito em 2009 o Empreendedor do Ano. Como ele trabalha no mesmo prédio que eu, encontro-o todos os dias na hora do almoço. É um homem rico, tem um filho muito competente, não precisaria trabalhar, mas está lá todos os dias. Levei meu filho para vê-lo receber o prêmio. Foi emocionante. Admiro demais esses homens, a quem o dinheiro não amoleceu. Porque são mais do que empresários – são empreendedores.
Quem lidera esse movimento de empreendedorismo de alto impacto no mundo é a Endeavor.

Ela analisa em cada país que opera projetos de empreendedores, seleciona-os com rigor e depois ajuda os escolhidos a ter acesso a investidores, a “networking”, à orientação de megaempreendedores de cada país. O resultado é fantástico.
Hoje as empresas que nasceram com a Endeavor geram US$ 5,4 bilhões por ano. Em muitos países, os empreendedores Endeavor já são 1% do PIB. Em 2025, vão gerar US$ 85 bilhões por ano no mundo e milhares de empregos.

É por isso que Thomas Friedman, colunista do “Times”, diz que a Endeavor é o melhor programa antipobreza que existe. Porque o empreendedor já é uma organização não governamental. Não consigo ver maior ação social do que gerar empregos, dar futuro a milhões. Empreendedorismo é a nova filantropia.

Seria muito melhor se os bilionários americanos emprestassem empreendedores pelo mundo em vez de doarem dinheiro. É evidente que não se pode menosprezar a generosidade desses homens. Ela é digna do nosso respeito. Mas, se eles colocassem US$ 1 bilhão na Endeavor, poderiam ter impacto social maior.
Não faço parte da Endeavor, mas trabalho para ela na área de comunicação global, voluntariamente. Dar tempo é mais complicado do que dar dinheiro -e dou meu tempo com entusiasmo.
Existe um ditado que diz: “Um homem sensato se adapta ao mundo, convive com a realidade, e o homem insensato se rebela contra os fatos”. É por isso que o avanço da humanidade se deve aos homens insensatos. Ao sujeito que, sentindo frio, inventou o fogo. Ao sujeito que, se sentindo só, inventou o tambor. Ao sujeito que, para colocar processo na construção de linha de trem, inventou a administração.
Esse homem insensato é o empreendedor, e é desse espírito que, em tempos de descrença e de crise, o mundo mais precisa. O empreendedorismo de um sujeito que venceu na vida trabalhando duro de manhã, à tarde e à noite, porque teve visão, inovação, dedicação. Criou tudo isso para gerar riqueza e desenvolvimento, não para ter um palácio. Não precisa viver com culpa, como um monge, mas não precisa ofender o mundo com fausto.

Ele tem de ser uma luz, uma inspiração e um exemplo.

E, depois de trabalhar muito, sabe o que um empreendedor faz? Ele acorda, vai trabalhar cedo, mas para enriquecer outros e outros e outros, para treinar as novas gerações dentro da sua empresa, para incentivar o empreendedorismo na sociedade, para usar seu talento executivo em áreas que tanto precisam dela, como culturais e sociais. Nesse momento, o empreendedor é mais empreendedor ainda, pois é um empreendedor social.

Convido o leitor a conhecer e a apoiar o trabalho da Endeavor (www.endeavor.org.br). E a espalhar a consciência de que a reengenharia de um mundo novo está nas mãos calejadas e incansáveis dos empreendedores.
NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC.

DESPREPARO NO ATENDIMENTO – A ALMA DO NEGÓCIO FALIDO


         Já publiquei nesse blog um post sobre o despreparo de atendimento de alguns comércios e estabelecimento, mas essa semana ouvi uma historia que fiquei chocado, por isso volto ao tema.

Um amigo almoçava num restaurante com certo nome em Porto Alegre e foi quando verificou uma lesma na salada. Segundo ele era um bichinho de respeito. Chamou o garçom para relatar o acontecido e este se apressou em retirar o prato, sem pedir licença ou apresentar alguma solução.

         Esse amigo achou estranha a reação do garçom mas, como perdeu o apetite, se dirigiu ao caixa para relatar o acontecido. No caminho encontrou amigos, que sao "da casa" os quais relatou a historia. Quando chegou ao caixa, esse amigo perguntou se tinha desconto pelo ocorrido. A senhora que estava no caixa ficou meio sem saber o que fazer. Os amigos confirmaram a historia. Mesmo assim a moça cobrou integral sem ao menos pedir desculpa.

OBS: A informação chocante é que a pessoa que estava no caixa é a proprietária.

Resumo: Segundo esse meu amigo, ele ja contou essa historia para mais de 100 pessoas. Mas o pior é que muitas dessas trabalham próximo e almoçavam com freqüência neste restaurante. Tenho certeza que um pedido de desculpa e a isenção da conta desse meu amigo, que era de R$ 15, já bastavam para que a história a ser contada fosse positiva e/ou não tão negativa quanto foi. Da pra calcular o prejuízo? Acho que não, mas tenho certeza que é muito maior que R$ 15.

No mundo de hoje, onde os clientes têm cada vez mais voz, não pode acontecer isso.

Vamos em frente com força e honra!