quinta-feira, 27 de maio de 2010

O porteiro do puteiro. História de um empreendedor

Não havia no povoado pior ofício do que 'porteiro do prostíbulo'. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.


Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de ideias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.


Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor. - Balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.


Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que..
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bom. Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias.... aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora.
E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'. Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc. E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor?!?! - Disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder. Disse o homem com calma.
- Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO!!!


*Geralmente as mudanças são vistas como adversidades. As adversidades podem ser bênçãos.
*As crises estão cheias de oportunidades.
*Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
*Lembre-se da sabedoria da água:'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.
*Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.
*Quando você quiser saber o seu valor, procure pessoas capazes de entender seus medos e fracassos e,acima de tudo, reconhecer suas virtudes.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Dunga e sua estratégia coerente!

Há alguns dias atrás Dunga divulgou sua lista de convocados. 23 jogadores que representarão um pais de 200 milhões de habitantes num dos eventos esportivos mais importantes do mundo. Descrevo isso, pois esses números geram ima idéia da pressão que é fazer estas escolhas.

Pois bem, ele foi coerente com aquilo que ele se comprometeu desde o primeiro dia que assumiu. Foi coerente com sua estratégia. E qual era sua estratégia? Levar 100% de jogadores que valorizam jogar pela seleção e que fazem de tudo para estar lá. Segundo ele Dunga, selecionou aqueles com postura de campeão comprometidos com a equipe. Acho que sobre essa ótica Dunga acertou! Sobre a coerência de suas escolhas, não tenho a menor dúvida que estão alinhadas a sua estratégia inicial.

Dito tudo isso, quero falar brevemente qual seria a MINHA estratégia em seu lugar.

Ao invés de 100% de jogadores que dão e sangue e tal, reservaria 80% para estes jogadores. Realmenete estes caras que comem a grama e só param de correr quando o árbrito apita são fundamentais, essenciais. Mas 20% eu deixaria de “cota” para os craques. Por um motivo simples, o Brasil tem muito deles. Aliás, isso é motivo de inveja ao mundo todo e nosso treinador, que tem estes craques a sua disposição, não os utilizam. Porque será? Não quer ser questionado sobre suas decisões? É autoritário demais para conviver com quem diverge de suas opiniões?

Olhando a lista de jogadores, acho sim que temos grandes chances de sermos novamente campeões do mundo, mas certamente veremos jogos burocráticos. Aqueles jogos ganhos de meio a zero. Olhando esta lista, vejo que se em determinado jogo as coisas na estiverem dando certo, indo como o treinador gostaria, não teremos nenhum “grande craque” para resolver a coisa pela gente. Dunga abriu mão 100% daquela resolução individual eventual em detrimento do coletivo. Repito: E quando o coletivo não for bem, quem resolve? Grafite? Josué?

Parece que Dunga aderiu a campanha da RBS TV. Craque Não, Craque Nem Pensar.

Enfim, torcemos então para não sentirmos falta da genialidade de Ronaldinho Gaucho, Adriano, Neymar, Ganso, etc.!

Sorte ao Dunga e aos seus 23 soldados!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um olhar de sucesso sobre derrotas e fracassos


Ouvi certa vez que feliz é aquele que já teve fracassos na vida. Eles ensinam demais!

Concordo com esta frase!

Acho que tudo depende do olhar que você imprimiu nas coisas. A velha estória dos diferentes óculos que podemos colocar para enxergar as mesmas coisas. Por isso concordo com esta frase! 

Feliz aquele que fracassou e tem agora uma oportunidade de recomeçar melhor do que da primeira vez. Feliz aquele que entende que uma derrota eventual é apenas um aprendizado para se aprimorar. Aprende-se muito mais errando do que acertando. Feliz aquele ainda que possa ter estas situações enquanto jovens para ter tempo de dar a volta por cima. Talvez por isso, por uma questão de tempo e fracasso, que as pessoas deveriam empreender mais. Cair mais e levantar melhor e melhor. E quanto antes melhor. Li certa uma vez uma frase que dizia. Pedras no caminho? Junto todas para construir meu castelo. Essa frase tem tudo a ver com a bagagem que se adquiri arriscando, errando e acertando, buscando cada vez melhor..

Certa vez ouvi uma historia que o treinador de certa seleção esportiva, as vésperas das olimpíadas, e indeciso sobre quem selecionar, leva-os todos aqueles atletas com possibilidades a uma floresta fechada, no auge do inverno, e lhe propôs atividades cujo sucesso demandaria quase nenhuma habilidade especifica, mas sim superar o frio, à noite, a falta de sono para poder chegar ao destino acordado! Na realidade, todos aqueles sabiam praticar o esporte muito bem. Então o que este treinador estava querendo saber? Uma coisa chamada resiliencia. A capacidade daqueles atletas em se superar, agüentar condições adversas, suportar pressão, controlar os nervos, etc.! Enfim, aqueles que desistissem no meio do caminho não seriam selecionados! Achei ótima essa historia na medida em que mostra que pessoas bem sucedidas não têm muito com ver com suas habilidades técnicas ou sua formação, e sim com a capacidade de seguir em frente mesmo quando os ventos não são favoráveis..

Falei em muitas estórias pois AINDA não posso usar meu exemplo (mesmo o blog sendo meu - risos), mas em breve espero poder!

Espero ter contribuindo. 

Vamos em frente com força e honra!